quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Estudo sobre a seca na Região Amazonese do Brasil



Pesquisas recentes sobre o impacto das secas na região amazônica têm chegado a resultados contraditórios sobre como as florestas tropicais reagem a um clima mais quente e mais seco.

Um novo estudo, feito por cientistas do Brasil e dos Estados Unidos, examina a resposta da Amazônia a variações nas condições climáticas, especificamente considerando como essas mudanças podem influenciar a produtividade da floresta.

Os resultados fornecem um possível contexto para explicar por que estudos anteriores obtiveram conclusões diferentes. A pesquisa – feita por cientistas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), da Universidade da Flórida em Gainesville e do Centro de Pesquisa Woods Hole – foi publicada no site da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
“A pesquisa se baseia em estudos de campo e de sensoriamento remoto para demonstrar que florestas relativamente não mexidas são bem tolerantes à seca sazonal, diferentemente do que ocorre em outros tipos de vegetação e em florestas gravemente modificadas”, disse Paulo Brando, do Impa, autor principal do artigo.

“Nosso estudo também aponta diversos mecanismos potenciais de controle das oscilações sazonais e interanuais na produtividade da vegetação pela bacia amazônica. Até agora, discussões sobre esses mecanismos não têm ocorrido no debate científico a respeito de como a Floresta Amazônica responde às mudanças climáticas globais”, destacou.

Os pesquisadores usaram dados das estações secas no período entre 2000 e 2008, obtidos pelo Índice de Vegetação Avançada do Modis, equipamento de produção de imagens instalado nos satélites Acqua e Terra. As informações foram integradas com dados climáticos de 1996 a 2005, registrados por 280 estações meteorológicas.

Relações estatísticas entre os índices de vegetação e diversas variáveis também foram analisados para toda a bacia do Rio Amazonas e para uma área bastante estudada no Rio Tapajós.

Como as mudanças climáticas globais poderão fazer com que as secas se tornem tanto mais frequentes como mais intensas na Amazônia, o estudo reforça a importância das estratégias de conservação na região.

Mas os autores ressaltam que o estudo demonstra que a resposta da floresta à seca é muito complexo e que mais trabalhos
serão expressas no futuro.

fonte>http://blog.eco4planet.com/2010/08/estudo-mede-seca-na-amazonia-brasileira/
 
fotografia ViaBrasil

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Uma nova forma de aproveitar a energia solar


Pesquisadores da Universidade de Stanford criam novo processo de conversão de energia que pode melhorar em 50% a eficiências das células solares.

A técnica combina simultaneamente a luz e o calor para gerar eletricidade e utiliza menos materiais para a fabricação de componentes do que os métodos convencionais.

O processo, chamado de “photon enhanced thermionic emission”, ou PETE, pode tornar a energia solar tão competitiva quanto o óleo. Seu grande diferencial é que, diferentemente da tecnologia fotovoltaica dos painéis solares, que se torna menos eficiente com o aumento da temperatura, ele melhora conforme esquenta.

A maioria das células fotovoltaicas usa o silício como semicondutor para converter energia dos fótons de luz em eletricidade. No entanto, essas células somente usam uma porção do espectro de luz, sendo que o restante escapa na forma de calor. O desperdício chega a ser de 50%.

Foi justamente pensando numa forma de aproveitar esta energia que uma equipe liderada pelo engenheiro Nick Melosh desenvolveu o PETE. O grupo descobriu que cobrindo um pedaço de material semicondutor com uma fina camada de Césio o tornava apto para gerar eletricidade tanto da luz como do calor.Enquanto a maioria das células de silício fica inerte com temperaturas acima de 100º C, este novo processo físico da PETE atinge seu pico de eficiência a 200º C.

Os raios chegam ao PETE primeiro, onde o calor e a luz serão aproveitados; se depois disso ele for encaminhado para um ciclo térmico, a eficiência pode chegar a 55% ou 60% – quase o triplo dos sistemas atuais.


fonte: http://blog.eco4planet.com/2010/08/uma-nova-forma-de-aproveitar-a-energia-solar/