domingo, 7 de julho de 2013

ESCREVA UM ROTEIRO DE VITÓRIAS

 

 

Ter a consciência de que  "eu sou o roteirista da minha vida", e não pensar que alguém vai escrevê-lo para mim". Essa é a postura de um budista.

Quando nos preocupamos com os outros e os ajudamos a extrair de dentro de si a força para viver, nossa própria força aumenta. As ações cultivadas ao bem-estar das pessoas estão ligadas às ações para beneficiar a nós próprios. 

Quando nos dedicamos a Paz Mundial  (Kossen-rufu) e realizamos (novos budistas - prática do chakububku), nossa vida fica mais atarefada e mais desafiadora. O presidente Ikeda afirma: "Não há paixão mais nobre e bela que a paixão pelo Kossen-rufu. As ações inspiradas por essa grande paixão expandem a felicidade que sentimos dentro de nós. Vencer o medo e nunca desistir são atitudes de suma importância" (Brasil Seiko, edição nº 1.860 , 23 de setembro 2006. p.A5).

Para isso, é necessário alimentar o tesouro do coração alinhado esse espírito ao coração do Mestre. 

Com esse escrito, o Buda explica que mesmo o tesouro do cofre, que representa a conquista de uma nova condição financeira mais confortável, e o tesouro do corpo, que representa a boa saúde e o desenvolvimento de nossa habilidades, surgem do acúmulo do tesouro do coração. Se obtivermos o tesouro do cofre e do corpo, mas não tivermos o tesouro do coração, além de não extrairmos o melhor de cada um deles, poderemos ainda nos tornar pessoas que valorizam o dinheiro e a estética, vendo-os como valores fundamentais. 

O líder da SGI ressalta: "Uma vez que o tesouro do coração é o mais valioso de todos, respeito sinceramente aqueles que são ricos com relação a esse tipo de tesouro: são as pessoas mais louváveis e nnobres (Ibidem, edição nº 1.251, 27 de novembro de 1993, p.3).

 

Vamos acumular o tesouro do coração e escrever o roteiro de vitórias da nossa vida. 

 

Reunião de palestra 1 de dezembro de 2012

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Conduta simples

Alguém está numa situação em que ainda não assumiu compromissos sociais. Se sua conduta for simples, permanecerá livre deles. Estando satisfeito e evitando fazer exigências aos outros, ele poderá seguir calmamente suas predileções. o significado desse hexagrama não é estancar, porém seguir adiante. Alguém se encontra, ao início, numa posição insignificante. Mas possui a força interna que possibilita o progresso. Se ele se contenta com a simplicidade, poderá seguir adiante sem culpas. Quando um homem está insatisfeito com condições modestas, torna-se inquieto e ambicioso, querendo progredir, não para realizar algo de valor, mas apenas para escapar da pobreza e, ao atingir sua meta, torna-se arrogante e apegado ao luxo. Por isso seu progresso é acompanhado de culpa. O homem capaz, ao contrário, está satisfeito com sua conduta simples. Ele quer avançar de modo a executar alguma coisa. Uma vez alcançado seu objetivo, algo é realizado e tudo fica bem. 


Siga a trilha do seu destino cultivando a inocência e o respeito pelo Divino.






Este hexagrama se refere a um desafio feito ao Destino. Quando deveríamos permanecer inocentes e simples na nossa conduta, resolvemos criar oportunidades, cheios de autoconfiança e teimosia. Desafiamos o Destino quando ultrapassamos o tênue limite para dizer à outra pessoa o que há de errado com ela. No entanto, não nos cabe achar que temos uma conduta mais correta ou que temos mais direitos do que os outros.


No I Ching, esse tipo de conflito com os outros chama-se litígio. Esse conflito permanente nos leva a adotar atitudes duras, vingativas ou impacientes. Às vezes, chegamos a desistir das pessoas, rotulando-as como "incorrigíveis". Em geral, supervisionamos o comportamento do outro e o punimos quando achamos que transgrediu nossos valores. Agimos como uma espécie de guarda, tomando conta das atitudes do outro e, quando algo não sai como esperamos, nos sentimos ofendidos e feridos na nossa vaidade.






Incorremos num erro muito grande quando achamos que sabemos o que os outros deveriam fazer ou não. Agimos como fariseus. Desse jeito, as pessoas percebem nosso sentimento de superioridade e nossa atitude fiscalizadora as impede de fazer o que é certo pela sua própria vontade. As pessoas não gostam de agir em resposta à cobrança de alguém, como se estivessem acatando servilmente as suas demandas. Por isso, devemos permitir que cada um encontre o seu caminho, no seu tempo e ritmo.






Ao deixarmos de lado essa atitude repressora, damos espaço aos desejos e demandas do outro, sem intromissões. Isso não significa que fecharemos os olhos diante do mal feito. Mas apenas ficaremos firmes no que acreditamos como verdade, sem impor valores a ninguém. Enquanto isso, vale a pena se ligar ao que há de melhor em cada um e deixar claros os nossos limites. Enquanto os outros não forem corretos no relacionamento conosco, devemos manter uma atitude de reserva..






Expansão e Boa Sorte!



domingo, 24 de março de 2013

Consciente e o Inconsciente X Espirito - C. G. Jung



Jung foi o pioneiro a estabelecer que o consciente e inconsciente existiriam em uma profundo estado de interdependência recíproca, sendo impossível o bem-estar de um sem o bem-estar do outro. Ao diminuir ou danificar a conexão entre esses dois estado, o homem adoeceria e sua vida ficaria despojada de significação. "Se o fluxo entre um estado e outro for interrompido por muito tempo, o espírito e a vida humana na Terra serão mergulhados no caos e na velha noite." (1993, pág 15). Assim para ele a consicência não seria um estado de espírito intelectual e racionalou da mente, nem dependeria somente a capacidade do homem para articulação. Ele concluiu que a consciência não seria apenas um processo racional e que o homem estaria errado em acreditar que ela e os poderes da razão fossem a mesma coisa. 




O termo persona designava a máscara usada pelos atores do teatro antigo. Jung apoderaa-se do termo para designar "a máscara" a maneira que usamos para nos mostrarmos na comunicação com o mundo, o modo que nós e os outros pensam que somos - o que parecemos ou desejamos ser. Ela seria úma zona intermediaria entre a consciência do eu e os objetos do mundo uma parte com o mesmo. Os moldes da persona seria retrados da psique coletiva.






sexta-feira, 1 de março de 2013

Longevidade uma vida plena e realizada






Ribeirão Preto - São Paulo 01 de março de 2013





"O carvalho é conhecido como o rei da floresta por causa de sua força. É considerado como símbolol de coragem, força e longevidade. O grande escritor alemão Johann Wolfang von Goethe (1749-1832) escreveu: vento e das intempéries, ele nada se torna; mas um século de batalha em meio ao ambiente torna- o forte e poderoso até que, depois de totalmente crescido, sua presença nos inspira, enchendo-nos de uma surpresa admiração." 

(Brasil Seyko, edição 1979, 21 de março de 2009, p.A3).

Ritmo Correto.

"Tendo a fé no Gohonzon como base, oramos agimos e brandamos em prol da felicidade dos outros. A manutenção desse ritmo correto direciona todo o nosso ser para a longevidade, saúde e felicidade."

Poder da Fé.

"Pode-se dizer também que a fé na Lei (Mistica é o principal catalisador da saúde e da longevidade" (Ibidem).

Ânimo e Coragem. 

"Vamos lutar e avançar não com impaciência, mas sim com tranquilidade. O que significa lutar sempre corajosa e animadamente. Não importam as ondas de adversidade com as quais nos defrontemos, devemos nos levantar e enfrentá-las com espírito de luta. Agindo dessa forma, estaremos de acordo com essa passagem. Este espírito direcionna nossa vida a saúde e longevidade. 

Força Revitalizadora. 

"De uma perspectiva de vida mais ampla, não há doença que não possa, em essência ser vencida pela força de uma fé inabálavel. Embora uma pessoa possa estar travando uma batalha contra a doença, enquanto ela mantiver uma fé forte e saudável poderá manifestar uma poderosa força revitalizadora dentro de sua vida e desfrutar um profundo estado de felicidade. Ess estado de felicidade é em si uma prova magnífica da transformação do carma, prova de que a pessoa venceu o demônio da doença."  (Brasil Seikyo n. 1.288, 10 de setembro de 1994, p.3)
 
Ingrediente Básico. 

"A sabedoria é o ingrediente básico para a saúde, a longevidade e a felicidade. O novo século da saúde, portanto, deve ser um novo século de sabedoria"  (Sabedoria na Saúde, p.16)

Novos Desafios. 

"As pessoas que estão sempre assumindo novos desafios, não importando qual seja sua idade, consegue viver com todo vigor. É assim que a vida deve ser. Nós, da SGI, além do mais, recitamos o Nam-myoho-rengue-kyo, o supremo ensino da eterna juventude e da longevidade. Vamos seguir nosso caminho em direção ao ápice da vida, o cume do Kossen-rufu, armados com a Lei Mistica, ficando mais jovens a cada ano que passa enquanto continuamos a nos desafiar com a alegria e tenacidade e conquistamos vitórias e mais vitórias" (Brasil Seikyo, edição n 1.847, 10 de junho de 2006, p.A3)

Respeito aos Idosos.

"Sakyamuni acreditava que aqueles que valorizam e estimam os idosos aumenta sua própria longevidade, beleza, alegrias e força. Esse é um princípio que certamente está de acordo com a lei de causa e efeito. Uma sociedade que respeita os idosos respeita também a vida humana; e uma sociedade assim florescerá vigorosamente" (Ibidem, edição n. 1.420, ,5 de julho de 1997, p.4)

Aposentadoria.

"Não existe aposentaria do mundo da fé. Vários escritos budistas ensinam que os seres humanos podem viver até os 120 anos. Espero que vivam uma existência longa e vibrante enquanto se esmpenham continuamente para propagar o Kossen-rufu. É impostante viver de forma sábia. Fazer, por exemplo, muito exercício. Caminhe sempre que puderem. Descansem e durmam o suficiente. Por favor tomem cuidado para não ficarem esgotados.

"A fé é a base de tudo. Espero que orem ao Gohonzon todos os dias por sua saúde, com o espírito de que viverão mais de cem anos. Quanto mais viverem, mais amigos poderão ajudar, mais benefícios acumularão e mais contribuições poderão realizar em prol do Kossen-rufu" (Ibdem, edição n.1808, 20 de agosto de 2005, p.A4)

Honra.

"A longevidde é o próprio tesouro. Porém, a maneira como vivemos é ainda mais importante. Daishonin declara: "É preferível viver um único dia com honra a viver cento e vinte anos e morrer na desgraça.' (The Major Wrintings of Nichiren Daishonin v.2 p.238). (Brasil Seikyo, edição n.1523, de setembro de 1999, p.4)

Energia Vital  
 
 "Ainda que a existência de uma pessoa seja curta, se ela viver com abundante energia vital e morrer após ter criado grandes valores, podemos então considerar que desfrutou uma vida longa'. Além disso, não há 'longevidade' maior que a de ter contribuído para o Kossen-rufu e capacitado inúmeras pessoas a manifestar forte enerfia vital" (Ibdem, ediçõ n.1535, 11 de dezembro de 1999, p.3)

 

 (Brasil Seikyo, de 27 de agosto de 2011, edição n. 2097, p.A12)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A vida de Nitiren Daishonin





Nitiren Daishonin nasceu em 16 de fevereiro de 1222, em Kominato, na provincia de Awa (a leste da atual Baia de Tóquio), no Japão. Filho de pescadores na infância, recebeu o nome Zenniti-maro.

Aos 12 ano iniciou os estudos no templo Seityouji da escola Tendai. Decidiu seguir o sacerdócio aos 16 anos, tendo Dozembo - o sacerdote chefe desse templo - como mestre. Ao ordenar-se, adotou o nome religioso Zeshobo Rentyo. 

Depois de vários anos de estudo nos principais templos de Kamakura, Quioto e Nara, Rentyo concluiu que o verdadeiro ensinamento do budismo encontrava-se no Sutra de Lótus por revelar a essência da iluminação do Buda Sakyamuni.

Rentyo retornou para o templo Seityoji e, en 28 de abril de 1253, recitou o Nam-myo-rengue-kyo pela primeira vez, declarando a fundação do Budismo Nitiren. Ele também mudou o nome para Nitiren (literamente, Sol Lótus).

Nesssa ocasião, Daishonin refutou a escola Terra Pura (Nembutsu) afirmando ser a causadora de incessantes sofrimentos. Essa declaração provou pa ira de Tojo Kaguenobu, fervoroso adepto da Terra Pura. Tojo valeu-se d autoridade regional exercida para banir Daishonin do templo Seityoji que foi para Kamakura, sede do governo da época. 

Numa pequena cabana localizada em Matsubagayatsu, no subúrbio de Kamakura, Daishonin iniciou as atividades de propagação de seus ensinamentos. Nesse período as três calamidades - guerra, peste e fome. Os sete desatres são: ecplise solar ou lunar, movimento anormal de corpos celeste ou aparecimento de cometas; destruição geral pelo fogo; irregularidades mereológicas, como tempestades e alterações anormais de temperatura; ventanias e furacões; seca prolongada destruição do país por lutas internas ou invasão estrangeira. Esse desastres e essas calamidades variam de acordo com os sutras. - ocorreram um após o outro. Em particular, um grande terrremoto abalou Kamakura em agosto de 1257 e destruiu grande parte das edificações. Diante dessas ocorrências, Daishonin visitou o templo Jissoji para ponderar sobre como erradicar a causa dessas calamidades. Durante a permanência de Daishonin nesse templo, Nikko tornou-se seu discípulo. Mais tarde, assumiu como legítimo sucessor de Nitiren Daishonin. 

No dia 16 de julho do 1260. Daishonin endereçou um tratado intitulado "Tese sobre o Estabelecimento do Ensin Correto para a Paz da Nação" (Rissho Ankoku Ron) a Hojo Tokiyorirejeitou a admoestação do Buda Nitiren. Enquanto isso, com o apoio de Hojo Shiguetoki, pai da então regente Hojo Nagatoki, um grupo de seguidores da Terra Pura reuniu-se em torno da cabana de Daishonin, em Matsugayatsu, para assniná-lo. Esse acontecimento é conhecido como Perseguição de Matsubagayatsy e occoreu na noite de 27 de agosto de 1260. 

Em 11 de novembro de 1264 quando Daishonin estava a caminho de uma visita a seu dicípulo Kudo Yoshitaka, ele e sua comitiva foram atacados pelos soldados de Tojo Kaguenobu na localidade de Komatsubara. Nessa emboscada, conhecida com Perseguição de Komatsubara. Daishonin teve um corte à espada na testa e sua mão esquerda foi quebrada. Além disso, dois de seu discípulos, Kyoninbo e Yoshitaka, foram mortos. 

Outra tentativa de Daishonin para alerta as autoridades foi motivada pela chegada de emissários mongóis a Kamaku, em 18 de janeiro de 1268. Os emissários traziam uma ordem de submissão ao governo japonês. Caso a ordem fosse ignorada, o Japão seria invadido pelo exército mongol. 

Diante da iminente invasão estrangeira que havia predito no Rissho Ankoku Ron, Daishonin reprendeu os governantes, dizendo que deveriam abraçar o Budismo Nitiren. 

No dia 10 de setembro de 1271, Hei no Saemon, sudelegado do Departamento de Assuntos Militares, intimou Daishonin a depor na corte imperial. Este o enfrebtiy destemidamente, advertindo quanto à conduta errônea do governo. Como resultado, dois dias depois, em 12 de setembro de 1271, Daishonin foi arrastado como um criminosso pelas ruas de Kamakura por soldados de Hei no Saemon, que decidiu arbritariamente condená-lo à pena de morte. Contudom no momento da decapitação, um corpo celeste tão brilhante quanto a Lua surgiu repentinamente no céu de Enoshima. 

O episódio é descrito no seguinte treco de "Sobre o Comportamento do Buda": "Era pouco antes da alvorada e estava muito escuro para ver a fisionomia de qualquer pessoa. Entretanto, o objeto luminoso clareou todas a área. O carrasco caiu cobrindo o rosto por ter os olhos ofuscados. Os soldados entraram em pânico e ficaram atemorizados. Alguns fugiram para longe, outros caíram de seus cavalos e vários se encolheram debaixo das selas" (END, v.1, p. 163). Esse acontecimento ficou conhecido como Perseguição de Tatsunokuti, 

Nesse momento Nitiren Daishonin abandonou a condição efêmera de Bodhisattva Práticas Superiores (jogyo) e revelou a verdadeira identidade de Buda Original dos Últimos Dias da Lei. Esse fato é chamad hosshaku kempon (abandonar a forma transitória e revelar a verdadeira identidade). 

Após a tentativa malsucedida de excução, Daishonin foi condenado ao exílio na Ilha de Sado, no Mar do Japão. Ele chegou à remota ilha em 11 de novembro de 1271, onde o inverno era extremamente rigoroso . Daishonin foi abandonado numa pequena cabana em ruínas, locaizada no meio do cemitério de Tsukahara. Além de não possuir roupas para suportar o frio nem alimentos, o Buda sofreu constantes ataques nos bonzos inimigos que residiam na região. Mesmo diante dessas circustância, ele escreveu importantes obras durante a permanência em Sado, sendo "Abertura dos Olhos" e "Overdadeiro Objeto de Devoção" as duas principais. 

O "Abertura dos Olhos", concluído em fevereiro de 1272, é a prova documental da revelação de Daishonin como Buda Original. ele expões ser o possuidor das "três virtudes de soberano, mestre e pais" e o "Buda Originala dos Últimos Dias da Lei", ou o "objeto de devoção em termos de pessoa".

Ele escreveu "O Verdadeiro Objeto de Devoção" em abril de 1273, no qual esclarece o objeto de devoção para a salvação de todas as pessoas no Últimos Dias da Lei. Daishonin inscreveu sua condição de vida em forma de mandala, revelando o "obejto de devoção em termos de Lei".

Por meio desses escritos, Nitiren Daishonin ensina que as pessoas nos Últimos Dias da Lei, devem abraçar o objeto de devoção (Gohonzon) de Unicidade de Pessoa e Lei (ninpo ikka) e recitar o Daimolu com fé para manifesgtar a iluminação nesta existência. 

Perdoado do exílio em fevereiro de 1274, Daishonin retornou a Kamakura e apresentou-se perante Hei no Saemon em 8 de abril. Nessa ocsião, o subdelegado do Departamento de Assuntos Militares mostrou-se gentil e educado ao perguntar a Daishonin sobre o ataque mongol e quando issoc ocorerria. O Buda respondeu claramente: "Eles certamente chegarão ainda este ano", conforme conta nos escritos "Sobre o Comportamento do Buda".

Daishonin advertiu os oficiais contra a aceitação de religiões héreticas e solicitou que abraçassem a fé no Budismo Nitiren a fim de evitar a invasão. Entrentanto esses oficiais recusaram a advertência. Assim, Daishonin decidiu viver em reclusão na vila Haguiri, situada aos pés do Monte Minobu. 

Em outubro de 1274, as forças mongóis atacaram aas ilhas Ikki e Tshushima e a região de Kyushu, no sul do Japão. Durante esse período, Nitiren Daishonin dedicou-se a preparar seus discípulos e trabalhou em volumosas teses, como "Seleeção do Tempo" e "Retribuição aos Débitos de Gratidão". Ele também transferiu oralmente seus ensinamentos ao fiel discíppulo e sucessor Nikko, os quais compõem o "Registro dos Ensinos Orais" (Ongui Kuden).

Em setembro de 1279, vinte camponeses e discípulos de Daishonin, que viviam em Atsuhara, foram detidos injustamente, levados a Kamakura e aprisionados. Eles foram coagidos a abandonar a fé no Budismo Nitiren, mas persistiram sem ceder às torturas, impostas pelos guardas de Hei no Saemon. Mais tarde, ost três irmãos Jinshiro, Yagoro e Yarokuro foram executados, enquantos os outros dezessete discípulos foram banidos de suas terras. Esta foi a Perseguição Atsuhara. 

Com esse acontecimento, em que os camponeses mantiveram a fé com o risco da própria vida, Daishonin reconheceu que a época para cumpir o próposito de seus advento havia chegado. Dessa forma, inscreveu o Dai-Gohonzon do Budismo Nitiren em 12 de outrobro de 1279.

Mais tarde, Nitiren Daishonin mudou-se para o templo Kuon, construído em novembro de 1281. Depois de transferir a essência de seus ensinos a Nikko, Daishonin faleceu em 13 de outubro de 1282, na residência de seu discípulo Muneka Ikegami. 



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Nam-myo-rengue-kyo





É a expressão da verdade suprema da vida, a essência do Sutra do Lótus. Recitando-o com forte fé, a pessoa atinge sem falta o estado de Buda. Nitiren Daishonin revelou o Nam-myo-rengue-kyo pela primeira vez em 28 de abril de 1253 e apresentou o caminho direto para a iluminação de todas as futuras gerações. 
Myo-rengue-kyo pe o título do Sutra de Lótus, o ensinamento do primeiro Buda registrado historicamente, Sakyamuni, que viveu na Índia há aproximadamente três mil anos. Muito tempo depois, no século 13, no Japão, Nitiren Daishonin, após ter estudado as principais doutrinas, concluiu que o Sutra de Lótus contém o ensinamento mais profundo de Sakyamuni e que o título Myoho-rengue-kyo é a sua essência. Ao antepor a palavra Nam, que deriva do sânscrito Namas e que significa "devotar a própria vida", aos cinco caracteres de Myoho-rengue-kyo, ele transformou o que seria um simples título num ato de devoção para atingir a suprema condição de vida do estado de Buda, ou seja a iluminação.

Na escritura "O Daimoku do Sutra de Lótus", Daishonin nos mostra quão extraordinário é conhecer e recitar o Nam-myoho-rengue-kyo por meio da seguinte passagem: "Suponha que alguém espetasse uma agulha em pé no topo do Monte Sumeru de um mundo e, posicionando-se no topo do Monte Sumeru de outro mundo, num dia de forte ventania, atirasse uma linha a fim de passá-la pelo buraco da agulha. Seria mais fácil a pessoa conseguir acertar o orifício da agulha com a linha do que encontrar o Daimoku deste Sutra, deve estar ciente de que sua alegria será maior que a da pessoa cega que começa a enxergar e ver os pais pela primeira vez e será algo mais raro do que um homem que tendo sido preso por um poderoso inimigo, é libertado e reencontra a esposa e os filhos" (END, v.2, p.179)


  • Nam: derivado do sânscrito Namas, significa "devotar a própria vida.
  • Myoho-rengue-kyo: título do Sutra de Lótus, o principal ensinamento do Buda Sakyamuni.
  • Myoho: Lei Mística, a realidade imutável e essencial de todos os fenômenos.
  • Myo: significa místico, não no sentido de milagre, mas indicando que o mistério da vida é de inimaginável profundidade e, portanto, além da compreensão do homem.
  • Ho: significa lei. A natureza da vida é tão mística e profunda que transcende o âmbito do conhecimento humano. Uma lei familiar é encontrada no desenvolvimento do ser humano. ele nasce como um bebê cresce para ser um jovem e torna-se idoso para morrer. Isso é, obviamente, uma inquebrável lei, regulando cada espécie de vida. Ninguém jamais nasce como um adulto ou escapa desse ciclo.
  • Rengue: significa flor de lótus. A flor de lótus simboliza a simultaneidade de causa e efeito, pois germina a flor e a semente ao mesmo tempo. O Budismo esclarece que todos os fenômenos do universo são regidos por esta lei. Em termos das pessoas, a condição da vida presente é o efeito das causas acumuladas no passado, e o momento presente é a causa da condição da sua vida futura. Esse princípio da simultaneidade de causa e efeito indica que os nove mundos (causa) e o mundo do estado de Buda (efeito) existem simultaneamente em cada momento da vida, não havendo, portanto, nenhum diferença fundamental entre buda e uma pessoa comum. Em termos de prática, Daishonin ensinou que quando uma pessoa recita Nam-myoho-rengue-kyo com fé (efeito) no Gohonzon, o estado de buda (efeito) manifesta-se instantaneamente no seu interior. 
  • Kyo: significa sutra ou o ensinamento do Buda que é eterno; propaga-se pelas três existência da vida - passado, presente e futuro, transcendendo as condições mutáveis do mundo físico e do ciclo de nascimento e morte. Pelo fato de Sakyamuni ter ensinado por meio da pregação - ou seja, ele usou a própria voz - a palavra kyo é algumas vezes interpretada como "som" Nitiren Daishonin declarou no Registro dos  Ensinos Orais: "Kyo corresponde às palavras e ao discurso, ao som e à voz de todos os seres" (GZ, p. 508) O Caractere chinês usado para designar kyo significa o ensino que deve ser preservado e transmitido para a posterioridade. Esse caractere era empregado na China com o significado de "livros" ou "clássicos", como no caso do confucionismo e do taoísmo. Quando as escrituras budista foram levadas da Índia para a China, o caractere usado com o significado de sutra". É nesse sentido que Nitiren Daishonin interpreta a palavra quando diz: "Aquilo que é eterno, que se propaga pelas três existências, é chamado kyo" (Ibidem). 

Do ponto de vista do significado literal o nam-myoho-rengue-kyo abrange todas as leis, toda a matéria e todas as formas e vida existentes no universo. Se expandirmos ao espaço ilimitado, é o mesmo que a vida do universo, e se condensarmos ao espaço limitado, é igual à vida individual dos seres humano. No entanto, essa ideia é superficial, pois a mera tradução dos caracteres não expões a profundidade da Lei Mística em sua totalidade. Na verdade, o Budismo não se compreende racionalmente apenas, mas sim com a própria vida.

A recitação diária, pela manhã e à noite do Nam-myoho-rengue-kyo é a prática fundamental do Budismo. Nitiren Daishonin ensinou que, por meio da recitação do Nam-myoho-rengue-kyo, com fé no Gohonzon, manifestamos a Lei Mística - a realidade  fundamental, a essência da nossa vida. Somente com a sincera recitação do Nam-myoho-rengue-kyo elevamos nossa condição de vida. Na prática, essa recitação nos proporciona sentimentos positivos, como alegria, coragem, esperança, sabedoria para desafiar e superar as dificuldades do dia a dia. Em "Resposta a Kyo'o", Daishoin nos orienta sobre a força do Nam-myoho-rengue-kyo por meio da célebre frase: "O Nam-myo-rengue-kyo é como o rugido de um leão. Que doença pode portanto, ser um obstáculo?" (END, v.1, p.275)

O presidente Ikeda nos indica a boa sorte da recitação do Nam-myoho-rengue-kyo na seguinte orientação: "Se acreditarmos na Lei Mística e recitamos o Nam-myoho-rengue-kyo pondo nossa vida ao ritmo da Lei do universo, desenvolvemos um 'eu' forte, rico e saudável que brilha com intelecto e sabedoria e transborda de felicidade por toda a eternidade. Assim como o Buda está dotado dos dez títulos honoríficos, nós também seremos coroados com imensa boa sorte e benefício. Nós praticamos o Budismo Nitiren para construirmos um brilhante palácio de felicidade nas profundezas de nossa vida" (BS edição 1.586, 1º de janeiro de 2011, p.4)

Independente das circunstâncias a continuidade da recitação da Lei Mística é de suma importância. É o que Daishonin nos ensina no escrito "A felicidade neste Mundo", dedicado a Shijo Kingo: "Sofra o que tiver de sofrer. Desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tanto o sofrimento como a alegria como fatos da vida e continue recitando o Nam-myoho-rengue-kyo, não obstante o que aconteça. Então, experimentará a infinita alegria da Lei. Fortaleça a sua fé mais do que nunca" (END, v.3, p.199). 


TC - Edição especial de estudo junho - 2011 nª 526 págs. 35 - 36.