quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Estudo sobre a seca na Região Amazonese do Brasil



Pesquisas recentes sobre o impacto das secas na região amazônica têm chegado a resultados contraditórios sobre como as florestas tropicais reagem a um clima mais quente e mais seco.

Um novo estudo, feito por cientistas do Brasil e dos Estados Unidos, examina a resposta da Amazônia a variações nas condições climáticas, especificamente considerando como essas mudanças podem influenciar a produtividade da floresta.

Os resultados fornecem um possível contexto para explicar por que estudos anteriores obtiveram conclusões diferentes. A pesquisa – feita por cientistas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), da Universidade da Flórida em Gainesville e do Centro de Pesquisa Woods Hole – foi publicada no site da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
“A pesquisa se baseia em estudos de campo e de sensoriamento remoto para demonstrar que florestas relativamente não mexidas são bem tolerantes à seca sazonal, diferentemente do que ocorre em outros tipos de vegetação e em florestas gravemente modificadas”, disse Paulo Brando, do Impa, autor principal do artigo.

“Nosso estudo também aponta diversos mecanismos potenciais de controle das oscilações sazonais e interanuais na produtividade da vegetação pela bacia amazônica. Até agora, discussões sobre esses mecanismos não têm ocorrido no debate científico a respeito de como a Floresta Amazônica responde às mudanças climáticas globais”, destacou.

Os pesquisadores usaram dados das estações secas no período entre 2000 e 2008, obtidos pelo Índice de Vegetação Avançada do Modis, equipamento de produção de imagens instalado nos satélites Acqua e Terra. As informações foram integradas com dados climáticos de 1996 a 2005, registrados por 280 estações meteorológicas.

Relações estatísticas entre os índices de vegetação e diversas variáveis também foram analisados para toda a bacia do Rio Amazonas e para uma área bastante estudada no Rio Tapajós.

Como as mudanças climáticas globais poderão fazer com que as secas se tornem tanto mais frequentes como mais intensas na Amazônia, o estudo reforça a importância das estratégias de conservação na região.

Mas os autores ressaltam que o estudo demonstra que a resposta da floresta à seca é muito complexo e que mais trabalhos
serão expressas no futuro.

fonte>http://blog.eco4planet.com/2010/08/estudo-mede-seca-na-amazonia-brasileira/
 
fotografia ViaBrasil

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Uma nova forma de aproveitar a energia solar


Pesquisadores da Universidade de Stanford criam novo processo de conversão de energia que pode melhorar em 50% a eficiências das células solares.

A técnica combina simultaneamente a luz e o calor para gerar eletricidade e utiliza menos materiais para a fabricação de componentes do que os métodos convencionais.

O processo, chamado de “photon enhanced thermionic emission”, ou PETE, pode tornar a energia solar tão competitiva quanto o óleo. Seu grande diferencial é que, diferentemente da tecnologia fotovoltaica dos painéis solares, que se torna menos eficiente com o aumento da temperatura, ele melhora conforme esquenta.

A maioria das células fotovoltaicas usa o silício como semicondutor para converter energia dos fótons de luz em eletricidade. No entanto, essas células somente usam uma porção do espectro de luz, sendo que o restante escapa na forma de calor. O desperdício chega a ser de 50%.

Foi justamente pensando numa forma de aproveitar esta energia que uma equipe liderada pelo engenheiro Nick Melosh desenvolveu o PETE. O grupo descobriu que cobrindo um pedaço de material semicondutor com uma fina camada de Césio o tornava apto para gerar eletricidade tanto da luz como do calor.Enquanto a maioria das células de silício fica inerte com temperaturas acima de 100º C, este novo processo físico da PETE atinge seu pico de eficiência a 200º C.

Os raios chegam ao PETE primeiro, onde o calor e a luz serão aproveitados; se depois disso ele for encaminhado para um ciclo térmico, a eficiência pode chegar a 55% ou 60% – quase o triplo dos sistemas atuais.


fonte: http://blog.eco4planet.com/2010/08/uma-nova-forma-de-aproveitar-a-energia-solar/

terça-feira, 20 de abril de 2010

Sementes da Ilusão

"Não crie um valor ilusório: você pode se tornar escravo dele."
Wu Jyh Cherng, Sociedade Taoísta do Brasil

Jornal Tao do Taoísmo - n. 18 índice

Quando nossa consciência ainda está no nível do apego, valorizamos, enobrecemos e admiramos demasiadamente a fama, a fortuna e o poder. O homem pensa que precisa ter prestígio social e, por isso, precisa ter recursos, ser famoso e poderoso. Para ter aquilo que não tem, se sacrifica, trabalha em excesso para ganhar dinheiro. Em alguns casos, rouba, faz truques, mente, engana pessoas.

A preocupação em obter ou manter fama, riqueza e prestígio tira a nossa paz. Uma pessoa, antes de alcançar prestígio, fica com medo e, na batalha pela conquista de destaque social e profissional, fica constantemente em estado de alerta e preocupação. Depois de conquistar posição e riqueza, também fica em estado de alerta: quem tem riqueza e prestígio se mantém em estado de alerta permanente porque tem medo de perder o que conquistou.

Quem não tem e quer ter, dedica toda sua atenção e preocupação para gerar dinheiro e riqueza. Quando conquista o que pretende, fica todo o tempo preocupado em manter a riqueza. É um tipo de preocupação diferente, porém, continua a ser gerada. Temos medo e nos sentimos inseguros quando não temos fama, não temos poder, não temos o controle da situação, não temos riqueza, não podemos dominar pessoas ou situações. No entanto quando temos tudo isso, nós ficamos igualmente com medo porque não queremos perder o que conquistamos.

Quem nada tem ou quer não fica em estado de alerta. Na verdade, o ser humano precisa de muito pouco para sua sobrevivência: comer, vestir, trabalhar, morar adequadamente. Existe aquilo que representa o mínimo necessário para uma vida digna e virtuosa e existe todo o resto, geralmente supérfluo, que pode ser dispensado.

Muitas vezes a pessoa entende como necessário algum valor apenas em função do conceito. Existem pessoas que só tomam uísque importado e outras que só usam roupas de grife. Quando o indivíduo se torna prisioneiro desse tipo de conceito, a vida se torna mais desgastante. Ele tem de trabalhar muito, se esforçar para conquistar coisas e, assim, se tornar feliz (ou pensar que está feliz). Obviamente, todos gostam de tomar um bom uísque e vestir uma boa roupa. O que é preciso deixar claro é que a prisão ao conceito de que isso é indispensável à felicidade pode tornar as pessoas desgastadas e preocupadas.

A conquista de prestígio gera orgulho e a humilhação por não consegui-lo provoca a ira. Uma pessoa que se sinta humilhada cria dentro de si um sentimento de raiva, já que nenhum de nós gosta de ser desprestigiado. Podemos não responder imediatamente nem diretamente, mas, lá dentro do coração, criamos a raiva ou o aborrecimento. Tudo ocorre num nível inconsciente, que nem chegamos a perceber. Estes sentimentos são explícitos ou não; aparecem ou não exteriormente.

Conceitos ilusórios

Quando buscamos por algo que a sociedade estabelece como um grande valor e não conseguimos obter, nos sentimos desprezados ou humilhados. O prestígio é o valor que nós determinamos ou adotamos porque outros assim determinaram. Os conceitos podem ser ilusórios. No entanto, a humilhação é um valor, assim como o prestígio também é um valor. Na verdade, a conquista e a perda não passam de ilusões.

O que é real é o que fica na alma.

A pessoa que guarda ira e humilhação dentro de si, não apenas prejudica sua vida emocionalmente como também, quando transmigra para uma outra vida, não leva o corpo de hoje nem a memória consciente, mas leva seus sentimentos. Ou seja: leva para uma outra vida ódio, humilhação, mágoas, tristezas etc.

Tudo o que se leu e compreendeu nessa vida não é mais lembrado quando se acorda como outra pessoa, em outra vida posterior. Apenas levamos conosco as nossas CAPACIDADES. Podemos ter lido muito nessa vida. No entanto, levaremos para a próxima vida uma grande capacidade para a leitura, mas não nos lembraremos daquilo que estudamos anteriormente.

Do mesmo modo, uma pessoa que se sentiu humilhada e desprestigiada nessa vida não se lembrará da humilhação e do desprestígio que sofreu, porém algo restará dentro dela que a levará a ter um temperamento infeliz e revoltado.

Isso é o que o Taoísmo chama de “semente”.

No fim da encarnação, a consciência e a vida se separam. Essa semente fica; levamos conosco para outra vida a natureza do sentimento que resta como personalidade.

Sementes Cármicas

Antes de virmos para essa vida, nascemos com um monte de sementes transmigratórias que trouxemos de outras vidas. Nascemos com mil apegos, vícios, frustrações, costumes, hábitos, mil loucuras, mil felicidades, mil desejos e, quando chega à hora da morte, esta grande aglomeração de memória que se chama “alma humana” se transforma em sementes cármicas.

Conforme a criança cresce, desenvolve o contato sensorial do corpo, as alterações emocionais e, assim, a direção de sua consciência muda. A energia oscila desordenadamente, ora para um lado ora para outro, num estado de dualização. A personalidade torna-se mais complexa e múltipla, gradativamente virão à tona as outras personalidades, aquelas que já existiam mas ainda permaneciam como “sementes”. Novos hábitos do cotidiano vão irrigando, como água jogada nessas sementes, os carmas que, por sua vez, se não nos mantivermos atentos, crescerão e frutificarão.

Como normalmente as pessoas criam carmas e vícios muito rapidamente, além de terem consigo as sementes ressuscitadas como uma floresta dentro de si – e cada árvore dessa floresta já traz novas sementes –, outras arvorezinhas brotam e um mundo de valores vãos é criado e nutrido. No momento da morte, carregam-se muitas dessas sementes adiante. Quanto maior a quantidade de sementes, maior a complexidade e o número de situações difíceis na vida.

Um realizador do Tao deveria ter grande força de vontade para se libertar dos apegos aos laços mundanos. Essa é a força que ele tem de conhecer, encontrar dentro de si mesmo. Ao mesmo tempo, o taoísta tem de ter um coração totalmente feminino, repleto de afetividade, receptividade e humildade, para poder abranger todas as coisas. O ser humano pode conviver com a fama e com a perda da fama, com a fortuna e com a perda da fortuna, com o poder e com a ausência do poder, sem se tornar prisioneiro dos sentimentos e dos conceitos de que essas situações são permeadas. Na verdade, a força a ser invocada, a ser cultivada, é a de dominar a si próprio com a força de vontade para transcender as coisas que prendem o homem aos caminhos da transmigração e aos mundos que o limitam.

domingo, 14 de março de 2010

O EU E A GARRAFA SEM FUNDO

Jornal Tao do Taoísmo - n. 20

No estudo da estratégia, se diz que os grandes mestres de estratégia trabalham com o princípio da ausência do ego. Se as pessoas não tivessem ego, não haveria luta entre elas. Se, por exemplo, você tem um profundo apego por chocolate, quem na verdade tem esse apego? O seu “eu”, que é o seu ego. Com a ausência do ego, não vai existir o apego ao chocolate. Nesse caso, você poderia até comer o chocolate, mas não teria apego a ele, não seria viciado. Apego é aquilo que você quer. Mais do que isso. É algo que você não consegue deixar de querer. Em outras palavras, apego é vício.

Nós somos viciados em inúmeras coisas. Existem pessoas que são viciadas, por exemplo, em cuidar de outras pessoas. Existem aquelas viciadas em coca-cola, em dinheiro, em ideologia, em sexo e em inúmeras outras coisas. Todos nós temos alguns vícios, de níveis e tipos diferentes. E existem vícios que, normalmente, nem são percebidos como vícios.

Como você poderia não ter vícios? Não tendo um ego, não tendo um “eu”. Se você não tem esse “eu”, como poderia ficar viciado em algo? A ausência do ego faz com que você se torne vazio e, se você é um vazio no sentido da quietude interior (a quietude interior faz com que nos tornemos vazios por dentro), você deixa de ser um alvo para o outro. A ausência do ego coloca seu espírito em estado de quietude, de transparência. Se o arqueiro atira uma flecha no vazio, em que ele vai acertar? Em nada. Então, se você esvazia seu coração, toda força que o seu adversário mandar na sua direção, por mais perversa que seja, não irá acertar em você.

Muitas vezes, você está numa festa ou num lugar público e percebe que, quando vira de costas, uma determinada pessoa dirige a você um olhar insistente e negativo. Você, então, poderia lançar mão de uma técnica muito usada por taoístas nessa situação: respirar umas duas ou três vezes prestando atenção ao ritmo da sua respiração para que ela fique tranqüila; não deixar transparecer no rosto nem nas atitudes externas que percebeu o que está acontecendo; e começar a esvaziar seu interior, imaginando que você todo está se tornando um vazio, restando do seu corpo apenas uma silhueta.

Nessa hora, a energia desconfortável daquele olhar vai passar por você como se estivesse passando por um vazio. Algum tempo depois, você vai notar que aquela pessoa está começando a sentir um cansaço imenso, e vai ficar cada vez mais cansada até desistir de olhar para sua direção.

Mas se você receber esse olhar e, por não estar esvaziado, for atingido por ele, ou seja, se a pessoa conseguir acertar você com aquela energia perversa, essa mesma energia vai voltar para ela e realimentá-la.

No caso contrário, se o olhar dela não conseguir acertar você, ela vai estar, apenas, jogando energia fora. É como se ela estivesse atirando no vazio: as balas do revólver vão acabar e ela não terá acertado em alvo algum, em nada.

Essa técnica de esvaziamento é muito fácil de ser praticada. Ela é muito usada para você não precisar lutar contra a pessoa que está dirigindo a energia perversa para você. E praticando esta técnica você vence a energia perversa sem precisar lutar contra a pessoa que a lançou.

Se essa pessoa ficar usando sua força contra o espaço, vai acabar se cansando. É como dar socos no ar: a pessoa vai se cansar e terminar por ser derrotada por si mesma sem que você, que praticou a técnica do esvaziamento pela respiração, precise sacar uma arma para brigar com ela.

Esse é exatamente o ensinamento de como vencer uma ação através da não-ação. Vencer o ataque através do vazio é o primeiro fundamento da estratégia da guerra, ou seja: trabalhar com a ausência do ego.

Raciocine desse modo: se eu não existo, quem poderia estar me atingindo? Mas é preciso tomar cuidado porque ausência de ego não significa não tomar uma atitude quando ela for necessária.

Se você não tiver ego, mesmo que alguém tente lhe ofender, não vai conseguir porque o eu não existe e, portanto, você não pode ser aquilo que a pessoa disse ser. Ela não vai estar falando sobre você – então, vai estar falando sozinha, sem conseguir lhe ofender. No entanto, isso não pode ser um mecanismo de convencimento intelectual. Isso tem de ser o resultado de um esvaziamento interior, de um esvaziamento do eu.

Mas como a ausência do eu é demonstrada na prática, na vida cotidiana? Por meio da tolerância, da aceitação e do coração esvaziado. Uma pessoa que não seja tolerante, acaba por preencher rapidamente o seu limite. Até mesmo popularmente, quando alguém não consegue aceitar mais nada, adota uma expressão facial que demonstra que seu limite foi atingido: “Eu estou cheio, não tenho mais capacidade de tolerar isso, não vou mais tolerar isso”, é o que costuma dizer quem acaba por preencher rapidamente seu limite.

Numa situação como essa, nós nos tornamos “cheios” porque temos um limite que funciona como uma espécie de fundo de garrafa – ou fundo de copo –, que vem a ser, exatamente, o nosso ego. O ego humano é o fundo do nosso copo, da nossa garrafa. O ego faz com que nossa vida, mesmo que seja parcialmente esvaziada, tenha um limite. E a suprema abundância só é adquirida quando nós retiramos esse fundo da garrafa. Desse modo, tudo entra e tudo sai pela garrafa sem fundo e, por isso, a suprema abundância não se esgota.

Um mestre antigo dizia que nós deveríamos saber receber tudo o que vem do mundo e repassar tudo de volta para o mundo. Dessa maneira, a nossa vida torna-se algo vazio e esse vazio permite que a vida flua dentro de nós. É desse processo que vem a alegria sem euforia e a tristeza sem depressão. Vêm coisas saborosas e amargas, e tanto umas quanto outras entram e saem de nós como se estivessem sendo derramadas numa garrafa sem fundo.

Assim, a nossa capacidade tanto de receber quanto de dar nunca termina e, com isso, a vida se torna mais leve porque, nesse momento, deixamos de fluir na vida para deixar a vida fluir em nós. A partir dessa hora nós nos transformamos e ficamos como se fôssemos um tubo por onde a água, que simboliza a vida, passa por nós e vai adiante, fluindo sem parar porque não existe um fundo, um limite que a represe.

De modo contrário, se nós tivermos um fundo, como uma garrafa ou um copo, a água não vai fluir. Ela vai encher essa garrafa até seu limite, depois transbordar, e terminar levando o copo ou a garrafa junto com ela, em vez de passar e sair. Então, a pessoa que tem o ego muito forte é levada pelo destino, em vez de permitir que o destino ou a vida passe por ela.

Quanto mais esvaziados o copo ou a garrafa, mais a água vai fluir e passar dentro de nós, mais o destino vai passar por nós, e seremos donos desse destino. Quanto menos esvaziados, mais obstáculos a água vai encontrar para fluir dentro de nós e, nesse caso, os papéis serão invertidos: nós vamos passar por dentro vida e ela é que será a dona do nosso destino.

Precisamos nos esvaziar para podermos nos tornar receptivos. Sendo receptivos, podemos de fato abraçar todas as coisas e, ao mesmo tempo, permitir que todas as coisas se desenvolvam e se transformem de modo natural e fluido.

O homem iluminado é o que possui a abertura interior.

ensinamentos do Mestre Wu Jyh Cherng - Sociedade Taoísta do Brasil

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Concepção do Maithuna

Maithuna é a ioga do amor, nem Sagrado nem Profano, pois tudo esta incluído nisso, sua pratico o amor é profano é amor sagrado. - Buddhatvan yoshidyonisansritan Estar iluminado por Buda, um estado "Em Estado de Graça". A "Graça" esta no yoni. Yoni Eterno Feminino". Maithuna é o mesmo que "Continência Masculina" ou  coitus reservatus. Um controle da natalidade sem o uso de anticocepcionais. Maithuna significa também Quando Freud diz sobre a sexualidade das crianças, aquela ao qual nascemos na infância e na meninice e que estava concentrada nos orgãos genitais. Uma sexualidade dissimulada em todo o nosso ser. Êsse foi o paraíso que herdamos e que perdemos a proporção que crescemos. Maithuna é a tentativa sistematizada para que readquiramos êsse paraíso". Spinoza dizia "Torne seu corpo capaz de fazer muitas coisas e isso ajudará a aperfeiçoar o amor intelectual de Deus". É uma ioga tão boa quanto rajá ioga, a "carma ioga" ou bhaki ioga. Pois o maithuna realmente leva-os até lá. Lá Tat Twan asi (Tú és Êsse) na verdade quer dizer eu sou. Êsse sou eu. O segrêdo é Êsse é o ponto básico de Maithuna, não é uma técnica especial para transformar a cópula em ioga. É a espécie de percepção que esta proporciona às pessoas. É a consciênca de não-sensação que existe em cada sensação.

Isso que acabaram de ler é um texto, retirado do livro de Aldous Huxley sôbre uma pratica sexual, como a nossa, porém sem julgamento morais da prática sexual conscedida por ambos os sexos. Onde se forma o Êsse.

Tantra e Maithuna

O Tantrik não renuncia ao mundo nem tampouco nega seu valor. Não escapa da vida através do Nirvana, como fazem os monges, Isso não! Aceita o mundo e dêle se utiliza. Faz uso de tudo aquilo que produz, de tudo que lhe acontece, de tôdas as coisas que vê, ouve, come ou toca. Tudo é usado como um meio de se libertar da própria prisão. Nisso reside a diferença entre a filosofia ocidental e oriental. A filosofia ocidental tão pragmática e eficiente quanto a física moderna. Para os orientais as questões são de ordem psicologica e os resultados são transcendentais. Os metafísicos fazem afirmações sôbre a natureza huma e sôbre o Universo, não permitindo a análise da verdade dessas afirmações. Nós afirmamos serem sempre acompanhadas por uma verdeiura lista na qual são mencionadas tôdas as operações que podem ser feitas, a fim de avaliar a solidez das mesmas Tat Twan asi(Tú és êsse) centro de toda nossa filosofia. Parece-se com problema metafísico, mas na realidade é uma experiência pode ser vivida. Dêsse modo, qualquer pessoa que queira efetuar tôdas as operações que se fazem necessárias, pode verificar a solidez do Tat Twam asi. Essas operações são chamadas ioga, dhyana ou Zen. Em certas circunstâncias especiaiss recebe também o nome de maithuna.

extraído do texto de Island, Aldous Huxley 1962.


sábado, 20 de fevereiro de 2010

Island - II Parte da resenha

"A aspiração de todas as religiões de eternizar somente o "sim" em cada par de opostos e irrealizável porque contraria a natureza das coisas. O maniqueista isolado que pensa ser, se auto condena a uma repetição infindável de frustações e está em conflito permanente com outros maniqueistas igualmente frustado nas suas aspirações."

A relações das religiões que pregam a verdade absoluta, fazem com que não, não seja parte de uma contraposição da realizada na própria natureza das coisas, e nos autocontenamos e frustamos no conflito pela busca de nossas aspirações.

"... conflitos e frustações - tema de toda a história e quase toda a bibliografia..."

O conflito e a frustação fazem parte originaria de nossa passagem histórica.

"... eu lhes mostro o sofrimento" disse buda,realisticamente porem -êle também mostrou o fim do sofrimento - o autoconhecimento a aceitação total e a abençoada experiência de ser Único;"

O sofrimento é algo presente em toda nossa passagem na terra, e Buda nos aponta o fim deste, através do realização e aceitação na experiência de um ser Único.

"O perfeito autoconhecimento gera o Bom ser e os bons sêres realizam uma melhor espécie de Bem. Mas as coisas bem feitas não produzem automaticamente o bem ser. Podemos ser virtuosos sem que saibamos quem realmente somos. Os individuos apenas bons não são necessariamente bons sêres; são simples pilares da sociedade."

A consciência daquilo que é bom gera um beneficio a especie, isso acontece quase que no mesmo instante de sua pratica, porém o individuo bom não seria bons sêres apenas a base de sustentação da sociedade.

"O verdadeiro conhecimento de quem realmente somos é que nos faz bons, para sabermos quem realmente somos devemos conhecer nos minimos detalhes aquilo que pensamos ser."

Nos conhecemos como sêres bons apenas quando nos conhecemos detalhadamente o que pensamos ser.

"Se renovarmos, êsses momentos de autoconhecimento de que somos, fazendo com que se tornem continuos podemos vir a descobrir subitamente aquilo que relamente somos. A concentração em pensamentos abstratos e exercicios espirituais equivalem a exclusões sistemáticas no domínio do pensamento."

Na busca por nossa identidade, quando nos concentramos na produção do da idéia abstrata e através de exercícios espirituais excluimos alguns de nossos pensamentos.

"Quanto mais um homem conhece os propositos do indíviduos, mais sabe a respeito de Deus."

Na busca do conhecimento de outros indíviduos Deus nos revela sua face e seu respeito por nós.

"No contato, superior, inferior, verdadeiro ou falso, a felicidade é sempre a felicidade e a liberdade é bastante agradavel."

Não importa os adjetivos que colocamos para o alcance da felicidade, está por si só é um fato de realização própria, e quando isso se torna uma verdade nos agrada e liberta.

"Somos pecadores viajando nesse mesmo barco cósmico ques está perpetuamente a naufragar."

Somos a origem do pecado no mundo viajando por um cosmo prestes a naufragar o que nos iguala.

"Sou como a multidão que obedece a lei
tão numerosas quanto os seus membros
Quimicamente impura.
É a minha constituição
Não existe um remedio único.
Para males que jamais têm somente uma causa."

Nos constituimos das impurezas e para isso não existe um único remedio, pois não existe apenas uma única causa.


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Island - I Parte da resenha

A ilha de Adouls Huxley, escrito em 1962. Descreve uma série de acontecimento ligada a uma criação de sua autoria em uma ilha. Huxley foi um gênio em criar mundos, assim como em Admirável Mundo Novo. O fato dessa resenha neste blog acontece devido a está ilha estar ligado ao mítico oriental. Narrarei alguns trechos interessantes deste livro contando minha experiência.

...“cessaria de existir e em seu lugar ficara aquela dor semelhante a dos “membros fantasma” continuavam a perseguir aqueles que sofreram amputações... Amputação sofre uma amputação, isso não era motivo a entrega a autocomiseração...”

Neste trecho o autor descreve que um ser que sofre de uma amputação se pensar sofre disso se se entrega ao sofrimento desta própria.

“Todas as coisas, para todas as coisas
inteiramente indiferentes,
trabalham juntas e harmonia,
e embora discordem sobre uma bondade maior
que a própria bondade
trabalharam para um ser
mais eterno na sua transitoriedade
e no seu declínio
do que o Deus que vive lá no céu.”

A pratica da fé está ligado àquilo que creamos em nossa gama pela vida, cuidar daquilo que nos foi dado, a consciência, a razão e o corpo que nutri todas as funções de nossos membros com bondade, fornecem a resistência de a terra existir em toda sua transitoriedade.

“Flutuando entre o real e o imaginário, entre aquilo que nos vem de fora e aquilo que nos vem do mais intimo recesso do coração... A vida fluindo silenciosa e irresistivelmente para se tornar cada vez mais plena e criar aquela espécie de paz cada vez mais profunda, mais rica e mais completa, porque conhece toda a sua infelicidade e a sua dor. E porque as integra completamente à sua própria substância.”

Quando se conhece a dor de nossas infelicidades nos interligamos a nossa própria existência nos tornando pessoas fortes e saudáveis.

“para cima... para cima, através do vazio silencioso. A imagem era coisa concreta. As palavras transformaram em atos.”

Apenas quando conhecemos o ponto onde nada é lugar de morada de nossa idéia, ou seja, quando coabitamos lugares onde não haja manifestação dos pensamentos e idéias lá reside à mutação de nossos atos.

“... como é leve o ar que respiramos leve puro e cheio de vida... Will respirou fundo, e novo surto de vida percorreu o seu corpo... Dos campos nevados vem chegando uma brisa deliciosamente fria. Sinta-a... Esta frio. Você tem sono. Na atmosfera fria a vida se renova durante o sono mergulhamos na reconciliação total e atingimos a verdadeira paz.”

Somente concebemos a paz quando de nosso sono, pois La nos reconciliamos com a paz de nosso interior.

“Ninguém precisa ir à parte alguma. Como seria bom que todos soubessem.

Se apenas soubessem que realmente sou, deixaria de proceder como penso que sou. E se parasse de me comportar como penso ser, não saberia quem sou.

Se ao menos o maniqueísta que penso ser me permitisse ser o que de fato sou, o “sim” e o “não” viveria reconciliado na abençoada aceitação da experiência de ser Único...”

Se deixássemos de pensar na questão do ser e não-ser poderíamos aceitar a experiência e ser parte do Único ser.



 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Feng Shui

Fēngshuǐ (Audio)
Feng Shui 風水 ou 風水 (Pinyin: fēngshuǐ) é um termo de origem chinesa, cuja tradução literal é vento e água. Sua pronúncia correta em mandarim é "fon xuei". Os mesmos ideogramas 風水 são utilizados em outros países da Ásia com um sentido semelhante: no Japão (fūsui), Coreia (pung-su) e Vietnam (phong-thủy). Feng Shui, vem da pronúncia americanizada, expressa o barulho do vento e da água, é onomatopeico, fon suei, na língua original, em português seria como: fú, chuá. Segundo esta corrente de pensamento, estabelecendo uma relação yin/yang, os ideogramas Feng e Shui (respectivamente Vento - yang - e Água - yin -) representariam o conhecimento das forças necessárias para conservar as influências positivas que supostamente estariam presentes em um espaço e redirecionar as negativas de modo a beneficiar seus usuários.

Origens:

A origem da expressão "Feng Shui" está no Zang Shu (O Livro dos Enterros) escrito pelo Mestre Guo Pu (276-324 d.C). O termo é citado na seguinte sentença: O Qi é disperso pelo vento (feng) e acolhido pela água (shui).


O Feng Shui é uma corrente de pensamento analítico com tradição de mais de 4000 anos. Os mestres chineses que o estruturaram teriam percebido que cada área natural, terreno ou edificação seria dotada de sua própria vibração influenciada pela presença do Ch'i(chamada em chinês de qi), e estaria sujeita às várias influências do ambiente que a circunda. Constatando que certos tipos de vibrações presentes no ambiente e em seu entorno poderiam agir de modo benéfico para o corpo e a mente, enquanto que outros tipos tenderiam a ser prejudiciais, supostamente compreenderam a importância de estudar como situar as edificações, móveis e objetos da maneira mais adequada para favorecer seus usuários, segundo esta interpretação da natureza. Segundo as ideias pregadas pelo Feng Shui, quando as pessoas buscam este equilíbrio com as forças benéficas da Natureza, podem gozar de saúde, boa sorte e prosperidade. Quando as ignoram e se alinham com influências nocivas, podem experimentar dificuldades e obstáculos que podem se expressar como doenças, má sorte ou indisposição. Claro está que tais sentenças fazem parte desta crença e não são de forma alguma endossadas pela ciência. Os mestres taoístas que desenvolveram esta arte, não utilizavam-na isoladamente: consideravam-na mais um instrumento de equilíbrio a ser utilizado em conjunto com outras práticas articuladas à Medicina tradicional chinesa, como a acupuntura, a meditação, e o Tai Chi Chuan.

Objectivos
Acupuntura

Os chineses comparam os benefícios que o tratamento que o Feng Shui pode proporcionar a um espaço com os resultados que a terapia da acupuntura pode oferecer a um paciente. Segundo eles, da mesma forma que o Acupunturista, diagnostica os bloqueios na circulação de energia de um paciente e aplica agulhas em uma parte do corpo para curar uma outra parte ou órgão, o consultor de Feng Shui detecta as supostas influências visíveis e invisíveis em um ambiente e recomenda curas em uma área particular do imóvel que são capazes de alterar as características da circulação de energia no todo. Não há, entretanto, provas científicas da existência de tais influências "visíveis e invisíveis" nos ambientes.Supostamente cada avaliação de Feng Shui é única, relativa às influências magnéticas do local, da edificação e de seus habitantes.O conhecimento destas "influências" pode explicar muitos fenômenos que percebemos apenas de forma intuitiva, por exemplo: o que nos faz sentir confortáveis em determinado ambiente; porque certas áreas de uma edificação são pouco ou nunca ocupadas; porque alguns dos seus moradores sempre estão adoentados; porque certas edificações ou áreas em uma cidade são bem ocupadas enquanto outras são evitadas pelos habitantes.

  • O primeiro objetivo do Feng Shui é guardar e preservar as boas influências disponíveis no lugar de modo a permitir que permaneçam e se distribuam suavemente pela edificação.
  • O segundo objetivo é reduzir os efeitos negativos das diversas influências nocivas ao local, presentes na sua construção ou frutos das alterações em seu entorno. 
  • O terceiro objetivo é implementar "curas" que possam produzir resultados em termos de saúde, bem-estar e harmonia para os moradores ou usuários do espaço tratado. Isto pode ser conseguido estimulando as características do espaço benéficas para as pessoas que habitam este local – através das alterações arquitetônicas ou da forma, da cor, e do posicionamento dos objetos presentes no local.

O trato do visível e do invisível
 
 (Templo do Céu, em Pequim)
Ao longo dos séculos, os sábios chineses desenvolveram elaborados métodos e sistemas matemáticos estruturados em torno da filosofia taoísta para mapear as características magnéticas de uma edificação, mesmo que ela ainda não tenha sido construída. O Feng Shui trabalha cada ambiente em dois diferentes níveis: o visível e o invisível. O aspecto visível se refere a tudo que podemos ver, as diversas formas que estruturam cada espaço e as relações aparentes entre elas. Sua observação poderia indicar o que está errado num determinado ambiente, por exemplo, os ensinamentos do feng shui relatam que seria nocivo: a porta principal alinhada com a porta dos fundos; a escada alinhada à porta de entrada; ou objetos pontiagudos ou de aparência desagradável na direção de portas ou janelas. Estas características são relativamente fáceis de remediar, segundo os consultores, com freqüência o tratamento conduz a resultados efetivos. Os aspectos invisíveis são considerados pelos praticantes desta arte até mesmo mais importantes que os aspectos visíveis. Somente os métodos mais elaborados do Feng Shui são capazes de detectar as "influências invisíveis" de uma edificação. Estas características supostamente explicam porque intuitivamente sentimos alguns ambientes ou locais como "ruins" e outros como "bons". Como o invisível supostamente não poderia ser percebido diretamente pelos sentidos, seu estudo é realizado através de cálculos matemáticos que descrevem o campo eletromagnético existente num determinado espaço, situando-o em relação à planta do local ou edificação que está sendo trabalhado.
Bússola da Dinastia HanA base para o entendimento destes aspectos invisíveis seria a compreensão de que o alinhamento (orientação do imóvel em relação aos campos eletromagnéticos) e as características do momento em que foi construído (relacionadas também aos aspectos da vida estudados pela Astrologia Chinesa) contribuem para que o mesmo manifeste ou atraia certos tipos de vibrações. De forma prática e objetiva, o consultor usa uma bússola para descobrir a orientação desses campos e fazer o estudo das características eletromagnéticas do local ou ambiente, registrando os aspectos percebidos, benéficos ou não.Segundo os praticantes de Feng Shui, não é possível corrigir problemas visíveis sem que também sejam determinados, ou "mapeados", estes aspectos invisíveis. Sem isso os resultados não serão duradouros, não importa o que tenha sido feito no nível do visível. As influências nocivas invisíveis precisam também ser corrigidas no nível visível – trabalhando a cor, a forma e os materiais associados aos diversos aspectos do espaço em estudo.


O Feng Shui na atualidade
O diagrama do Ba Gua pós-natalOs imigrantes chineses que se instalaram nos Estados Unidos a partir do início do século XIX construíram estruturas que incorporam os princípios do Feng Shui nos bairros em que se habitaram nas cidades de New York, San Francisco e Los Angeles. O movimento da Nova Era interessou-se pelo estudo de seus princípios. Devido à amplitude deste movimento e à diversidade de seus integrantes, simultaneamente divulgou no Ocidente o seu uso como forma de organizar espaços de um modo sério e banalizou os seus preceitos até o limite da superstição. O Feng Shui é ainda utilizado na China rural, em Taiwan, na Malásia, em Cingapura, e Hong Kong. Entre as escolas de Feng Shui mais conhecidas na atualidade se destacam:

•A Escola da Forma, pertencente ao Feng Shui Tradicional Chinês;

•A Escola da Bússola, também pertencente ao Feng Shui Tradicional Chinês;

•A Escola do Chapéu Preto, de origem Tibetana, que usa como instrumento o Ba Gua, alinhando o norte - gua do trabalho - à porta principal.

Desde meados do século XX, a sua prática foi considerado ilegal na República Popular da China, inicialmente porque Mao Zedong denunciou a tendência de muitos praticantes para o charlatanismo, criando um departamento do governo para supervisionar seu uso. A pesquisa de campo de Ole Bruun registra que durante a Revolução Cultural, a maioria dos praticantes desta arte tiveram seus livros queimados, foram presos e perseguidos, e submetidos a privações extremas devido a seus conhecimentos da cultura chinesa tradicional. Poucos desejavam ou tinham meios para deixar o país. Assim tornou-se uma prática pouco conhecida pelos jovens na China continental. Este quadro modificou-se recentemente com a rápida modernização do país, que permitiu que o Feng Shui se tornasse um tema de pesquisas importante para as universidades chinesas.
As Escolas Tradicionais de Feng Shui
As 24 direções.Xuan Kong Fei Xing ou Estrelas Voadoras do Tempo-Espaço


Esta aplicação é considerada como sendo a teoria mais sofisticada do Feng Shui e é amplamente utilizada na Ásia. Em razão de sua complexidade e dificuldade de tradução dos termos utilizados, somente nos últimos anos do século XX tornou-se conhecida no Ocidente. Em Chinês, "Xuan" significa Tempo e "Kong" significa Espaço. A técnica das Estrelas Voadoras é chamada de "Xuan Kong Fei Xing", que pode ser traduzida como Estrelas Voadoras do Tempo-Espaço. A palavra "Estrelas" neste contexto é sinônimo de "qi" e se referiria às características vibracionais do ambiente; "Voadoras" porque estas características são dinâmicas, ou seja, se movimentam – pode-se também dizer que se modificam – no espaço e ao longo do tempo. No início da década de 1920, Mestre Shen Zhu-Nai começou a escrever um livro chamado "Shen Shi Xuan Kong", Estudo de Shen sobre o Tempo-Espaço que explica como estabelecer os padrões das Estrelas Voadoras além de anotações práticas e estudos de caso. Infelizmente ele faleceu antes de terminar o livro. O trabalho foi concluído por seus filhos e discípulos, e publicado em 1927. Posteriormente, em 1933, publicou-se uma edição ampliada com anotações de amigos, discípulos e peritos do passado. O livro do Mestre Shen atualmente exerce grande influência na prática do Feng Shui, na China e em outros países asiáticos. Uma nova geração de mestres tem publicado edições comentadas do "Shen Shi Xuan Kong", tornando esta escola mais acessível aos praticantes modernos de Feng Shui. A aplicação de Xuan Kong Fei Xing utiliza raciocínio lógico em conjunto com fórmulas matemáticas e se refere a quatro aspectos: Tempo, Espaço construído (edificações), Ambiente (entorno) e Pessoas (usuários), pois examina como a influência vibracional do ambiente e do espaço produzido pelo Homem age sobre a saúde e a prosperidade das pessoas ao longo do tempo. Esta é uma visão dinâmica do Feng Shui através da qual é possível verificar que a qualidade vibracional de um ambiente muda ao longo do tempo se não for renovada. Esta influência é demonstrada pelo que denominamos de "Mapa das Estrelas Voadoras". A técnica das Estrelas Voadoras pode ser identificada pelo uso de uma bússola específica - "Luopan" - para encontrar a orientação magnética da edificação. Esta informação e o período de tempo no qual o imóvel foi construído formam a base para os cálculos que determinarão o mapa que mostra as influências intangíveis e proporciona os meios de atuar sobre estas influências ao longo do tempo. Esta atuação também deve levar em conta as influências tangíveis, ou seja, a influência das formas internas e externas à edificação.

O Feng Shui no Brasil

A aplicação do feng shui depende do lugar onde nos encontramos na Terra, da geografia do lugar, perto de um rio, onde supostamente "a energia corre", está em movimento, ou perto de uma montanha, onde a energia se acumula. No caso de pessoas: onde nascem, onde vivem. O Brasil se encontra em sua maior parte no Hemisfério Sul da Terra, 93% do território brasileiro, sendo a cidade de Cuiabá o centro geodésico da América do Sul. E apenas 7% está no Hemisfério Norte. Segundo as modificações citadas no ítem anterior, entre outras, a aplicação da técnica varia dependendo do hemisfério da Terra. Aceitando que se deve trabalhar sobre o fundamento do Feng Shui, ou seja, as estações do ano, vem a seguir: Falando em coordenadas geográficas, leste e oeste se mantém, mas a Linha do Equador funciona como um espelho dividindo a Terra em dois hemisférios, norte e sul. No Hemisfério Norte o frio está no norte _ o Ártico, e o calor no sul_ a linha do Equador. Ao contrário do Hemisfério Sul onde o calor está no norte, o frio está no sul_ a Antártida. As estações do ano também se invertem. Quando é verão no Hemisfério Sul, é inverno no Hemisfério Norte. Quando é outono no Hemisfério Sul, é primavera no Hemisfério Norte, e vice-versa. O I Ching cita que devemos nos voltar para o lado da luz, para meditar, ou seja, o sul_ no Hemisfério Norte; o que corresponde a se voltar para o norte no hemisfério Sul. Isto se baseia na posição do Sol, que no Hemisfério Sul nasce no leste, se dirige para o norte e se põe no oeste. Na tradução do I Ching para o português também é ressaltado que se deve observar a estação do ano a que se refere o texto, e nunca o mês em questão, já que a obra foi escrita na China, que se encontra totalmente no hemisfério Norte, e os meses a que correspondem as estações do ano são sempre diferentes nos dois hemisférios da Terra. Por exemplo, o signo que representa o auge do verão é o cavalo. Corresponde ao calor, elemento fogo, mês de dezembro, direção norte magnético, no Hemisfério Sul; enquanto que o cavalo no Hemisfério Norte corresponde ao mês de junho e a direção sul. Os 5 elementos (fogo/verão, terra, metal/outono, água/inverno, madeira/primavera) estão relacionados com as estações do ano, com as direções, com os 12 signos (animais), com os meses, os dias e as horas, originando um calendário. Quando se trabalha sobre a planta baixa de um imóvel, utiliza-se a técnica do "Bahzai", e no caso de pessoas a técnica do "Min-gua". Os 8 trigramas do I Ching serão relacionados com as coordenadas magnéticas, respectivamente, no Hemisfério Sul, vale para a maior parte do Brasil, incluindo São Paulo: norte 9, nordeste 4, leste 3, sudeste 8, sul 1, sudoeste 6, oeste 7, noroeste 2 _se trata de uma matriz (matemática) 3x3, que representa o plano, 360 graus, + (sentido horário, Hemisfério Norte) ou - (sentido anti-horário, Hemisfério Sul) ; o 5 está no centro, que é o número considerado sagrado. "Quadrado Mágico"
|2|9|4|
|7|5|3|
|6|1|8|
Da relação entre os 12 signos e os cinco elementos originariam-se 60 binômios. Em 7 de agosto de 2006 se iniciou o ano da Cobra de Metal no Hemisfério Sul. A mudança de ano ocorre no início do segundo semestre, em agosto de 2007 entra o ano do Cavalo de Água (binômio 19). Em 2008, é o ano do Carneiro de Água. Esta data é calculada como no Hemisfério Norte, e representa um ponto médio entre o solstício de inverno e o equinócio de primavera.


Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.























































domingo, 14 de fevereiro de 2010

Herman Hesse


(Hermann Hesse)


Um novo romance de grande envergadura de Thomas Mann pode ser chamado de um acontecimento na nossa literatura. Surpresas ninguém espera dele, pois pouco de nossos autores contemporâneo surgiram como ele, já no primeiro livro quase como escritor feito que desde o início nos oferecesse sua imagem com todos os traços essenciais: a imagem de um ser humano nobre, sensato, especial um observador implacável que exercita refinada as artes de linguagem, e quase se envergonha dessa sua arte, de modo que é um melancólico e, como pessoa inteligente e defensiva, facilmente se torna irônico. Todos esses traços já estavam no pequeno senhor Friedemann, e todos se revelaram plena e harmoniosamente desenvolvidos, numa espantosa consonância, no Buddeenbrooks.

Alteza Real, o novo grande romance de Mann, realmente não traz nenhuma surpresa. Talvez provoque uma espécie de decepção àqueles que durante esses anos repetidos se ocuparam, feliz com os Buddeenbrooks, pois livros como os Buddenbrooks nem mesmo um mestre escreve todos os anos ou mesmo há dez anos. O Buddenborrooks executando suas singularidades e jogos foram uma obra daquelas que, no curso dos anos, se pode confundir com experiências própria, como algumas grandes obras de Balzac, Flaubert, Tolstoi, Bang. Seus personagens eram tão não-intencionais, não-inventados, tão naturais e convincentes, como um pedaço da natureza. Diante deles abandonava-se o ponto de vista estético e se entregava como à visão de um fenômeno natural. Comparado a ela, Alteza Real é um romance; romance no bom e no mau sentido, uma criação, um trabalho artístico algo intencionado, que seguimos com interesse, amor admiração, mas não com o mesmo arrebatamento.

Talvez isso se ligue ao fato de que apesar de nesse novo livro se poder observar também algumas singularidades perturbadoras, falta-lhe aquela força que nos arrebatou nos Buddenbrooks. Somos, então, juízes mais severos e mais frios e nos admiramos de que grande artista tenha um traço tão funesto, e que toda a sua segurança nem sempre possa salvá-lo de enganos óbvios e pecados contra o bom gosto. Soa quase engraçado: Thomas Mann e falta de gosto, mas é assim.

É que Thomas Mann tem a segurança do gosto, que repousa numa cultura, mas não a segurança intuitiva do gênio ingênuo. E, com isso, tudo está dito: ele é escritor, um escritor talentoso, talvez um grande escritor, mas é da mesma forma, e mais ainda, um intelectual. Tem o talento, mas não tem a ingenuidade de um Balzac ou mesmo de um Dickens. Dessa forma, ele sente seu grande talento antes como uma distinção que lhe causa orgulho. Por isso também, ele tende a ironizar e, eventualmente, a violar a forma artística.

Parece-me que o escritor ingênuo, "puro", nem pensa de forma alguma nos leitores. O mau autor pensa neles, procura agradar-lhes, adulá-los. O intelectual desconfiado, Thomas Mann, portanto procura manter o leitor a distância, ironizando-o indo aparentemente ao seu encontro, oferecendo facilidades e mesmos muletas. Para isso precisa-se recorrer ao costume perverso de apresentar cada personagem, quando, reaparece através de seus atributos estereotipados para que o leitor diga: Ah, esse aí é ele! Mann sabe tanto atrair quanto enganar seu leito, e chega ao ponto de jogar um jogo absolutamente infantil, com nomes e máscaras, do tipo daqueles mais antigos e piores jogos de salão. Ele apresenta um doutor Überbein com a pele rosto esverdeada e a barba vermelha, uma senhorita Unschlitt (filha de um fabricante de sabão!) de clavículas salientes e um senhor Schustermann com seus recortes de jornal, e muitas outras dessas personagens, que nada são senão máscaras. E quando se acaba de ler umas observações de Mann sobre a natureza, inacreditavelmente cheia de amor, ou uma de suas brilhantes frases sobre arte, sobre música, por exemplo, não se entende como esse mesmo homem pode malbaratar de tal maneira sua arte.

Tudo isto soa um tanto crítico e rabugento, mas é apenas porque amamos e respeitamos Thomas Mann que temos de observar e reconhecer essas peculiaridades. Na verdade, um escritor menor poderia nos impressionar com essas manhãzinhas e brincadeiras, que em Mann nos aborrecem. Parece-nos, contudo, que um artista como Mann, intelectualmente tão acima de todos os preconceitos e juízos, que sabe observar e criar com tamanha pureza deveria poder renunciar, em obras geradas e executadas com grande seriedade, a dirigir ao público estímulos desse tipo que são certamente engraçados e divertidos, e que certamente lhe dão uma secreta satisfação. Com isso, que naturalmente é intencional, ele consegue dar ao leitor comum uma espécie de superioridade, para em compensação roubar-lhe o que há de refinado, sério, realmente digno de ser passagem, que o leitor comum não o perceberá. Assim também sua linguagem é, na aparência, a de um bom jornalista, aparentemente ele não tenciona senão ser óbvio, preciso e secretamente é tão pleno de malícia, ironia, nobreza e oculto brilho, que ao lê-lo se experimentam constantemente refinados encantos e surpresas.

O burguês pode ler esses livros e, com efeito, entreter-se com eles (tanto mais porque nesse novo romance se desenrola uma fábula bastante romanesca), enquanto na verdade, os pontos importantes lhe escapam um a um. E nós, que temos o bom fato para esses pontos importantes, apenas os sabemos pela metade, quase de consciência pesada, porque com todo seu espírito e sua graça, apenas se ligam muito superficialmente com a arte. Gostaríamos de ler um dia um livro de Thomas Mann em que ele nem sequer pense nos leitores, em que não pretenda atrair ou ironizar ninguém. Jamais teremos esse livro, nosso desejo é injusto, pois esse jogo de gato e rato faz parte da natureza de Mann; mas pode ser que ele, que afinal parece desejar certa objetividade, se force a tornar um pouco mais objetiva essa técnica ainda demasiado subjetiva. Pois esse jogo constante com o leitor supõe o pensamento sempre voltado para ele, e isso não faz parte dos requisitos para que uma obra de arte pura tenha resultado.

Entrementes, porém, alegramo-nos com a Alteza real, e com tudo o que nos vem desse homem aristocrático. Suas coisas mais apagadas ainda estarão sempre muito acima do comum.

O primeiro livro de Thomas Mann, comentado por Hessse foi o volume de novelas "Tristão" publicado em 1903 pela S. Fischer, de Berlim; Hessse publicou seu comentário em 5.2.1903 no jornal "Neue Zücher Zeitung":

Quase se poderia crer que Thomas Mann tem a ambição dum artista de mil talentos. Nos Buddenbrooks ele foi o atleta que "trabalhou" a sangue-frio e com segurança o peso de toneladass de um material gigantesco. No Tristão, ele se já se apresenta como delicado malabarista, mestre do trivial. No fundo, é verdade os dois livros são tão proximamente aparentados quanto possível; apenas o que no Tristão aparece como jogo superficial, de mímica, nos Buddenbrooks se transforma em grandess gestos trágicos, pela violência e unidade do tema. Seu novo livro pode levar muita gente a considerá-lo unicamente o trabalho limpo de um artista muito sofisticado; parece até concatenar consigo mesmo, em sua graça fria. Ainda assim, ele é mais do que uma pequena obra-prima técnica. A seis novelas, das quais apenas uma, Luisinha, nos deixa-nos insatisfeitos o tempo todo, passam-se em geral na fronteira do burlesco, e lembram por vezes algumas antigas e loucas songs drolatiques*. Observando melhor, os monstros não são monstros, as caretas não são caretas, tudo é apenas efeito da iluminação apararentemente casual, altamente pensada e estudada; assim que colocamos o holofote em outra posição, reconhecemos naqueles fantasmas nossos amigos, irmãos, primos, vizinhos às vezes até um traço familiar de nós mesmos. Essa descoberta nos dá em a parte a sensação de um susto, em parte de alivio, e parte apaziguamento, em parte de decepção e, na verdade, já nos Buddenbrooks essa era a disposição de alma fundamental. Há dias em que contemplamos o mundo com um misto de crítica sóbria e nostalgia inconfessada; nesses dias, pessoas e coisas nos mostram rostos tais como os que Thomas Mann pinta, tão comicamente grave e tão melancolicamente irônico. Quem prepara uma mistura dessas, jamais é unicamente artista, mas deve ter bebido fundo de taça da insatisfação e da nostalgia, sem a qual nenhum artista se torna verdadeiro escritor. Assim, Tristão é um livro em que se encontram coisas muito diversas e que se pode saborear de maneiras muito diferentes, um livro exclusivamente para especialistas em literatura, para conhecedores; para esses, porém, constituirá umas das maiores especiarias que nos oferece o ano que finda.




* Talvez referência aos "contos droláticos" burlescos, do séc. XVI. (N. da T.)


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Para sermos realmente justos, convém recebermos igualmente os aspectos racionais e irracionais da vida.

"A razão nos impõe limites muito estreitos e apenas nos convida a viver o conhecido" (C. C. Jung)

Budismo Chines



A misericórdia em diferentes culturas

No budismo chinês, Kuan Yin, Guan Yin ou Guānyīn 觀音representa a compaixão ou misericórdia de todos os Buddhas e tem sua simbologia advinda do Bodhisattva Avalokiteshvara, em sânscrito Avalokiteśvara अवलोकितेश्वर, divindade do budismo indiano, que dá origem a várias representações asiáticas, e que chega à China com o budismo no ano de 67, sincretizando-se com divindades femininas locais.
Kuan Yin está associada às características femininas da maternidade e proteção, na China ligadas milenarmente de modo bastante forte à misericórdia
Também no Japão a representação budista da misericórdia tem características femininas predominantes, sendo conhecida como Kannon Bosatsu観音菩薩.
No budismo tibetano recebe o nome Chenrezig, e, assim como Avalokiteśvara na Índia, tem características masculinas predominantes.

A dança da Deusa da Misericórdia

O coreógrafo chinês Zhang Jigang criou uma apresentação de dança para permitir ao público contemplar a "Kuan Yin de Mil Braços". O canal de televisão "China Central" apresentou este espetáculo ao vivo como comemoração do Ano Novo Chinês (link para um trecho do vídeo nas "páginas externas").
A dança foi apresentada por 21 dançarinas surdas integrantes da "Companhia de Arte Performática Chinesa de Deficientes Físicos." Posicionadas numa longa fila, as bailarinas conseguem dar aos espectadores a ilusão de que os movimentos de seus múltiplos braços e pernas pertencem à figura de uma única deusa.

Nu-Kua ou Kuan yin

Há cerca de seis ou sete mil anos havia um mito universal de que todos os seres eram provenientes do útero de uma Mãe Cósmica [2]; tal mito da criação universal teve lugar durante uma fase informe do mundo, aonde nada podia ainda ser identificado. Inicialmente cultuada na Índia, como Kali, a Mãe Informe, recebeu depois o nome de Tiamat (Babilônia), Nu Kua (China), Temut (Egito), Têmis (Grécia pré-helênica) e Tehom (Síria e Canaã) --este último foi o termo usado mais tarde pelos escritores bíblicos para Abismo. As mais antigas noções de criação se originavam da idéia básica do nascimento, que consistia na única origem possível das coisas e esta condição prévia do caos primordial foi extraída diretamente da teoria arcaica de que o útero cheio de sangue era capaz de criar magicamente a prole. Acreditava-se que a partir do sangue divino do útero e através de um movimento, dança ou ritmo cardíaco, que agitasse este sangue, surgissem os "frutos", a própria maternidade. Essa é uma das razões pelas quais as danças das mulheres primitivas eram repletas em movimentos pélvicos e abdominais. Muitas tradições referiram o princípio do coração materno que detém todo o poder da criação. Este coração materno, "uma energia capaz de coagular o caos espumoso" [3] organizou, separou e definou os elementos que compõem e produzem o cosmos; a esta energia organizadora os gregos deram o nome de Diakosmos, a Determinação da Deusa. Os egípcios, nos hieroglifos, chamaram este coração de ab e os hebreus foram os primeiros a chamar de pai (ainda que masculinizassem, a idéia fundamental de família e continuidade da vida não era patriarcal).
O coração e o sangue definem um elo imanente a todos os seres que dele nasceram e uma idéia de coração oculto do universo que pulsa e mantém o ritmo de ciclos das estações, dos nascimentos, mortes, destinos. Este é o significado que está no Livro dos Mortos ou das Mutações. No mesmo sentido o livro chinês é denominado Livro das Mutações.
O nome chinês dado à Mãe Primordial e informe é Nu Kua, nome referido também entre os egípcios, gregos, mesopotâmicos e hindus. As referências a ela remontam há 2.500 a.C. e a imagem permanece venerada nas regiões setentrionais. Kuan Yin ou A Mulher é uma deusa dos casamentos e das mulheres em geral. O corpo original do I Ching chama-se (Oito Trigramas) e os sessenta e quatro hexagramas são denominados por kua, derivado linguísitico de Mãe Primordial ou Nu Kua.

fonte wikipedia

Koan e Mushin

Koan e Mushin
Veiculado em 30/07/2003
Monge Ryotan Tokuda
Córdoba, 21-10-83

A aula de hoje é sobre a técnica do koan. O sistema de koans. Esta aula eu já dei em Buenos Aires, e aqui a estou repetindo. Quando se começa a estudar o Zen, nos deparamos com esta palavra: koan. O que é o koan? Originalmente se divide esta palavra em Ko e An. Ko quer dizer público. An significa lei (ou caso). Isso então é Lei pública. Cada país tem suas leis. Os estados e municípios também tem leis diferentes. Por vezes com poderes políticos, pode-se alterar estas leis, mas na verdade, leis devem ser estáveis. HI LI KO KEN TEN. Hi quer dizer aquilo que está errado, Li aquilo que é lógico e certo, ko é a lei, ken quer dizer poderes e ten quer dizer correto. Resumindo, isto significa que uma coisa errada não pode superar a lógica, não pode burlar aquilo que está certo. Mesmo que pessoas que tenham poderes tentem alterar leis, essas pessoas não possuem contudo força para controlar a lei do universo. É nesse sentido, a esta lei pública, que não pode ser alterada, e que todo mundo tem que respeitar finalmente, esta lei a que temos que nos submeter em última instância, é a isto que o praticante Zen tem que finalmente se submeter. Estas perguntas e respostas.

Mas essa palavra koan dentro da escola Soto, é usada com outro sentido. Hoje em dia, este sistema de koan pertence mais à escola Rinzai.

Antes de entrarmos no que significa o koan, expliquemos sobre as cinco escolas do Zen historicamente. Hoje em dia apenas duas escolas continuam a transmitir, a escola Soto e a escola Rinzai. Entre essas escolas, existe intercâmbio até hoje. Eu pertenço à escola Soto, mas também treinei na Rinzai.

As características dessas escolas é que a Rinzai era a escola do Xogun, general, guerreiro, montado a cavalo, comandando as tropas, os cavalheiros, lanças, flechas, e assim a escola Rinzai esteve sempre ligada ao poder daquela época, do imperador, ou então dos guerreiros e governadores. Por isto, os maiores mosteiros da escola Rinzai estão localizados nas antigas capitais, como Kyoto, ou Kamakura. Dentro dessas duas grandes cidades, existem cinco templos oficiais, cinco mosteiros principais e dez mosteiros secundários. Esses mosteiros são antigos palácios do Imperador, que foram transformados em mosteiros. Os mestres de cada mosteiro eram Mestres Nacionais. Por isso a característica da escola Rinzai é imperial.

A escola Soto é de agricultores, lavradores. Como agricultores não chegam perto dos ricos e dos governadores, são pessoas que estão espalhadas pelo interior, pessoas anônimas, trabalhando a terra, sem mostrar autoridade e conhecimentos. Simplesmente trabalharam e assim chegaram a transmitir o ensinamento.

No Japão atualmente a escola Soto tem talvez quinze mil templos pelo Japão todo, enquanto que a escola Rinzai talvez tenha uns três mil. Mas esses três mil da escola Rinzai, estão todos localizados na cidade, nas capitais. E tem que dividir os três mil templos por 17. Porque cada um tem cinco linhas principais, 10 secundárias e cada um é uma linhagem diferente. Mas entre eles existe intercâmbio. Uma outra característica da escola Rinzai, é que eles utilizam o koan durante a meditação. A escola Soto durante a meditação não se utiliza do koan, mas sim do método Shikantaza (apenas sentar). Por isto, o treinamento Rinzai é muito agressivo, forte. Os mestres e os veteranos apertam o praticante até o canto, até o praticante começar a explodir. Assim é muito importante encontrar o mestre correto, porque senão o praticante fica louco.

A escola Soto não tem este tipo de coisa, treina simplesmente como na época do Buda, sentando, naturalmente, e quando surgem perguntas, indaga-se ao mestre e o mestre responde normalmente, não usando este tipo de koan com palavras paradoxais. Como máscaras estranhas, escondidas, para assustar as pessoas. Por isto a escola Soto é um treinamento muito brando, mas o mestre vê o progresso dos praticantes. Quando o caminho é longo, então é que se vê realmente a força do cavalo. Podemos assim ver se a força de vontade é verdadeira ou não, na continuação do treinamento.

Existem outras seitas que desapareceram na história, que acabaram sendo assimiladas por estas duas escolas principais, porque quando não aparece um bom discípulo, a escola termina. Por isto, a qualidade do mestre correto, bom ou não, grande ou pequeno, depende de seus discípulos. Mesmo que o mestre seja muito inteligente, muito famoso, isto não quer dizer que ele seja grande. Se ele não conseguir criar discípulos realmente bons, então não se trata de um bom mestre. Assim, para não terminar sua linhagem, cada mestre dá atenção para a criação discípulos. Quando o discípulo ainda está sentindo muito agradecimento para com seu mestre, ele ainda é apenas um discípulo secundário. Quando o relacionamento entre mestre e discípulo é como de inimigos talvez então esse discípulo possa transmitir o Dharma.

Se o discípulo tem a força e a mesma altura do mestre, de ombro a ombro, ele tem somente a metade da força do mestre. Se o discípulo conseguir subir nos ombros do mestre, ele pode realmente transmitir o ensinamento. De qualquer modo, mundialmente o Zen está se espalhando e podemos enxergar que linha de mestres estão ficando. O Zen foi apresentado ao Ocidente através dos livros de Daisetz Suzuki, mas prática mesmo existia muito pouca, era só muita leitura. Mas hoje em dia, esta moda já passou, e no mundo ocidental o Zen começa a deitar raízes.

O Cão de Joshu

Escola Deai - Sobre o Zen


O Koan Mu - o Cão de Joshu
Artigo de: Manuel Galrinho
Publicado em: 2004-07-06

Os métodos mais usados no Zen com vista à iluminação, satori, em Japonês, são o trabalho sobre a respiração, a postura e os koans. O Budismo Zen Japonês divide-se essencialmente em duas escolas: Soto e Rinzai. A primeira valorizou os dois primeiros métodos enquanto que a segunda deu ênfase essencialmente ao método dos Koans.

Esta caligrafia de Setsudo Genko tem como tema o «Koan Mu». A Caligrafia diz:

                  MU
                  Engole todo o oceano de MU
                  e rumina-o.

O koan é um problema que o discípulo do zen deverá resolver, mas cuja solução não se atinge pelo pensamento intelectual.
Os Koans mais famosos foram compilados por Mumon Ekai (1183-1260) sob o título de Mumonkan - a Porta sem porta. Eles são as portas para a verdade e para a libertação. Mas estas não são portas já abertas, mas portas a abrir, daí que no próprio Mumonkan se possa ler:
«O grande caminho não tem porta,
Milhares de estradas lá vão dar.
Aquele que atravessa essa porta sem porta
Caminha livremente entre o céu e a terra.»
O mais famoso de todos os koans, aquele que mais do que qualquer outro foi objecto de meditação por parte dos discípulos do Zen, é aquele com que abre o Mumonkan: o Koan Mu. Este koan é apresentado do seguinte modo:
«Um monge perguntou a Joshu: “um cão possui a natureza de Buda?”
Joshu respondeu: “Mu”»
Mu significa “nada” mas à meditação sobre este koan, não interessa o significado da palavra “Mu”.
O texto que apresentamos aqui é o comentário do próprio Momon Ekai a este koan.

O Budismo e o seu Legado

Budismo


História Linha do tempo· Concílios budistas

Fundações
  • Quatro Nobres Verdades
  • Nobre Caminho Óctuplo

Preceitos Budistas

  • Nirvana
  • Três Jóias

Conceitos chave

Três marcas da existência

  • Skandha
  • Cosmologia
  • Samsara 
  • Renascimento
  • Darma

Originação dependente

 · Carma

Principais Figuras
  • Gautama Buda
  • Discípulos
Práticas e Realizações
Estado búdico

 · Bodhisattva

Quatro Estágios da Iluminação

· Paramitas
· Meditação
· Laicidade

Países/Regiões

Butão · Camboja · China
Índia · Indonésia · Japão
Coreia · Laos · Malásia
Mongólia · Mianmar · Nepal
Rússia· Singapura · Sri Lanka
Tailândia · Tibete · Vietnã

Países Ocidentais

Ramos
· Teravada
· Maaiana
· Vajrayana

Iniciais e Pré-sectárias

Textos
Cânone Páli · Cânone Chinês
Cânone Tibetano
Estudos Comparados



Koan

Koan
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Parte de uma série sobre Budismo

koan (公案; japonês: kōan, chinês: gōng-àn, coreano: gong'an, vietnamita: công án) é uma narrativa, diálogo, questão ou afirmação no Zen-Budismo que contém aspectos que são inacessíves à razão. O koan tem como objetivo propiciar a iluminação do aspirante a zen-budista. Um koan famoso é: "Batendo duas mãos uma na outra temos um som; qual é o som de uma mão?" (tradição oral, atribuida a Hakuin Ekaku, 1686-1769).

Consicência de Alaya

[ Consciência de Alaya ]
por Tokuda Igarashi.

O que é a consciência de Alaya?
Quando nasce uma criança, ele já possui a consciência de Alaya. É dito que um ser humano tem a experiência de milhares de anos nesta consciência. Que tipos de experiências ou de emoções temos nós? Nós ignoramos tudo isso mas, de repente, quando se reúnem suficientes condições externas, isso toma forma de cólera, de ciúme etc, segundo o tipo de experiência de cada um e o tipo de encontro com os eventos externos.

Chama-se isso de consciência kármica ou consciência condicionada. Este “kármica” não é o que geralmente associamos com destino, é mais uma “visão limitada”, limitada pelas experiências do passado. Se se tratasse de destino, não se poderia escapar disto. Ora, é possível, pois esta experiência enquanto está no subconsciente é neutra. Ela não é nem boa, nem ruim. Isso é a saúde.

Por exemplo, quando se recebe uma crítica, normalmente se reage a isto ficando encolerizado, brigando e cortando relações com a pessoa que nos critica. Mas, com o treinamento e a prática, se esta pessoa que critica tem razões e se pudermos aceitar isso, isso produz méritos. É hishiryo, fushiryo. Neste momento o que se passa? No momento em que aquela pessoa critica deliberadamente, como um diabo ou um demônio, se pudermos receber esta crítica, esta pessoa se transforma, não é mais o demônio, mas algo como um bodhisattva.

Existe uma expressão Zen que diz: “O Buda aparece sob a máscara de um diabo”, e no começo do Zanmai o Zanmai, está escrito: “Ultrapassar, transcender, caminhar sobre as cabeças dos demônios, isso é o Grande Samadhi”.

Ultrapassar Buda, também é o Grande Samadhi. Não existe nem o Buda, nem o diabo, são efeitos de nossa consciência. Como transformar o subconsciente em sabedoria? De um lado, como o dito do Yogashara, pela prática do zazen, entrando no domínio do subconsciente e de um outro lado, estudando o dharma. Estudar o dharma permite compreender muitas coisas, mas é ainda consciência. Assim, essa consciência é boa, porque antes do acontecimento que precede a cólera, porque estudamos o dharma, esperamos, refletimos, analisamos tal crítica. Então, tudo bem. Isso permite que seguremos a cólera separadamente e que a transformemos em algo de positivo que entra no subconsciente.

Também, atenção especialmente à bondade, porque resulta em uma boa experiência que impregna o subconsciente. Quando esta experiência penetra no subconsciente, se fala em algo como uma semente. Existem sementes de boas experiências e sementes de más experiências, mas quando estas sementes entram na consciência Alaya, elas são neutras, isso é a saúde. Quando essa semente encontra condições externas, ela começa a se abrir. No começo, sua reação ainda está guiada através de uma consciência egocêntrica. Quer dizer, isso é “bom para mim ou não?”

Mas pelo zazen não existe mais dualidade e essa oposição “você-eu, eu-você”, diminuem porque sabemos que as raízes de eu e você são idênticas. E quando começamos a compreendê-lo de forma teórica, se produz em seguida uma experiência positiva. Quando você aceita, isso se torna uma boa experiência, uma boa semente. A consciência e o subconsciente alaya começam a mudar a partir do interior, e quando o interior muda, tudo se transforma, de forma que se você constatar que lhe parece negativo, isso não mais lhe afeta, você o considera como bom e normal.

Quando a mudança se produz, se diz que o inconsciente alaya muda e se torna adana, pura consciência. É o primeiro estado do bodhisattva.

Diz-se que, ao praticar o zazen, quando surgir uma idéia ruim ou estúpida, coloque ali uma pedra preta e quando for uma boa idéia, coloque uma pedra branca. No começo, naturalmente, fica tudo essencialmente preto, em seguida pouco a pouco, começa a aparecer o branco e neste momento, o interior começa a mudar, o exterior também começa a mudar.

III - AGIR PELA NÃO-INTERFERêNCIA

Não exaltes os homens eminentes.
Para que não surja rivalidade entre o povo.
Não exibas os tesouros raros,
Para que o povo não os ambicione.
Não despertes as cobiças,
Para que as almas não sejam profanadas.
O governo do sábio não desperta paixões,
Mas procura manter o povo na sobriedade,
E dá-lhe cultura do coração.
O sábio governa pelo não-agir.
E tudo permanece em ordem.

II - SíNTESE DAS ANTíTESES

Só temos consciência do belo,
Quando conhecemos o feio.
Só temos consciência do bom,
Quando conhecemos o mau.
Porquanto, o Ser e o Existir,
Se engendram mutuamente.
O fácil e o difícil se completam.
O grande e o pequeno são complementares.
O alto e o baixo forma a harmonia.
O passado e o futuro geram o tempo.
Eis porque o sábio age
Pelo não-agir.
E ensina sem falar.
Aceita tudo que lhe acontece.
Produz tudo e não fica com nada.
O sábio tudo opera - e nada considera seu.
Tudo faz - e não se apega à sua obra.
Não se prende aos frutos da sua atividade.
Termina a sua obra,
E está sempre no princípio.
E por isto a sua obra prospera.

I - UNIDADE NA DIVERSIDADE

O Insondável (Tao) que se pode sondar
Não é o verdadeiro Insondável.
O Inconcebível.
No Inominável está a origem do Universo.
O que é Nominável constitue a mãe de todos os seres.
O Ser indigita a Fonte Incognoscível.
O Existir nos leva pelos canais cognoscíveis.
Ser e Existir são a Realidade total.
A diferença entre o Ser e Existir,
É apenas de nomes.
Misterioso é o fundo
Da sua unidade.
Eis em que consiste a sabedoria suprema.

A bipolaridade complementar do Cosmos, que permeia toda a filosofia de Lao-Tzi, é maravilhosamente simbolizado pelo antiquíssimo diagrama chinês chamado Tei-gi. Analisando a gênese deste símbolo, podemos dizer: o  círculo incolor e vácuo representa a TESE do Absoluto, a Divindade, o puro Ser.
Este círculo incolor e indefinido do Absoluto, envolve rumo aos Relativos do Devir, aparecendo como positivo e negativo, yang e yin, masculino e feminino, céu e terra, o simples Ser se tornou o Creador, iniciando o drama da evolução. Estas duas antítese Antíteses amadurecem na Síntese, rumo à Tese inicial, integrando-se nela sem se diluir na mesma - de maneira que a Tese Cósmica, passando pelas Antíteses Telúricas, culmina na Síntese Cosmificada. E o que se dá automaticamente no Cosmo Sideral, pode acontecer espontaneamente no Cosmo Hominal, pelo poder creador do livre arbítrio humano.


O tei-gi simboliza a quintaessência da filosofia de Lao-Tzi, o alfa e ômega de Tao e da mentalidade chinesa.

Meditação Taoísta

O Caminho espiritual taoísta tem como objetivo despertar gradualmente o sagrado que existe no homem e uní-lo com o sagrado do Céu. Assim, ambos passam a se sintonizar e caminhar de forma simultânea. Isto se dá através de práticas que buscam a contínua expansão da consciência. Com isso, o taoísta penetra em dimensões espirituais cada vez mais sutis e se aproxima do nível mais expandido da sua consciência: a iluminação. Para chegar e esse nível, um taoísta dispõe de três grupos de ferramentas: os métodos da meditação taoísta, as práticas ritualísticas e as artes taoístas.

Como instrumento de realização espiritual e como ferramenta para alcançar a iluminação, o método de meditação adotado pela Sociedade Taoísta é o Xin Zhai Fa - Método de Purificação do Coração - que se apóia na quietude e no silêncio. Para praticá-lo, é necessário sentar-se em quietude, buscar o silêncio interior e unir a mente a respiração. É preciso cessar todos os movimentos e ruídos produzidos pelo corpo físico até o praticante ficar completamente envolvido, internamente, pelo estado de paz interior, onde não existem movimentos ou ruídos. Mas para encontrar o silêncio, é preciso antes iniciar um processo de relaxamento do corpo e da mente e um esquecimento sistemático dos ruídos externos, dos ruídos do corpo, das palavras, dos diálogos interiores e, por fim, do ego.
O trabalho disciplinado, a meditação diária, levará a constante expansão da consciência até o alcance da plena realização espiritual. Sentar-se no silêncio e buscar a quietude interior até esquecer-se de todas as existências é como levar o corpo e a mente a experimentarem um período de profundo descanso, que tem como efeito a reposição da energia, a iluminação da mente e o fortalecimento do corpo físico.

O efeito imediato de uma sessão de meditação bem feita é o descanso mental. No final de um dia exaustivo, ou depois de uma fase de grandes dificuldades, é comum recobrar energia através do descanso, recolhimento provisório e sono. Quem assim procede ressurge revigorado. É com esta analogia que os mestres taoístas explicam os benefícios proporcionados pela meditação.

Contudo, para o Taoísmo, os benefícios terapêuticos não são os únicos objetivos desta prática. Além da recuperação física, energética e mental, a meditação se constitui em uma ferramenta fundamental do Caminho espiritual taoísta, sendo assim encarada por seus seguidores. Sua prática não só livra uma pessoa do cansaço crônico e ansiedade, melhora a saúde física (especialmente a respiração), energética e mental, como também leva à iluminação. A meditação taoísta é essencialmente um recurso espiritual e seus efeitos terapêuticos são acessórios, benefícios secundários. Sentar na quietude é utilizar a ferramenta que poderá levar o praticante ao encontro do Tao, o Absoluto.

Meditação na Sociedade Taoísta

“Não há clandestinos no caminho espiritual.”

Mestre Maa Ho Yang

Muito se ouve atualmente sobre os inúmeros benefícios que a meditação pode propiciar aos seus praticantes. Além de ser incentivada pelas antigas tradições orientais, passou a ser pesquisada cientificamente e indicada por médicos e terapeutas para o cultivo da boa saúde física, mental e emocional.

Dentro do Taoísmo, esta também é uma das técnicas mais reverenciadas pelos antigos mestres, sendo considerada um veículo sublime no caminho de transformação espiritual. E o melhor disto tudo é que qualquer pessoa pode desfrutar dos benefícios que a meditação propicia. Só é preciso praticar!

Os melhores e mais profundos resultados da meditação acontecem quando ela é praticada regularmente, ainda que por um tempo mais curto. Meditar vinte minutos todos os dias é melhor do que meditar durante duas horas somente uma vez por semana. Claro que os resultados de se meditar vinte minutos não são os mesmos de se meditar por uma hora ininterrupta. Meditação de vinte minutos propicia resultado de vinte minutos. Meditação de uma hora traz benefício de uma hora. Ainda assim, o que mais propicia consistência nos resultados é a regularidade da prática.

Com o intuito de propiciar aos interessados e praticantes oportunidades de aprendizado e desenvolvimento no caminho da meditação, a Sociedade Taoísta oferece aulas, cursos e treinamentos de meditação.